São Paulo, terça-feira, 1 de julho de 1997
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Minas pode ter 1.300 PMs rebeldes indiciados

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A promotora da Justiça Militar em Minas, Maria Solange Ferreira de Morais, disse que pelo menos 1.300 PMs poderão ser indiciados por ter promovido a rebelião na Polícia Militar do Estado. Segundo ela, esses são os comentários que têm circulado dentro das auditorias da Justiça Militar.
Os militares rebeldes poderiam ser condenados de 2 a 20 anos de reclusão, de acordo com o Código Penal Militar.
Entre os crimes por que os soldados, cabos, sargentos e subtenentes podem responder estão os de motim (4 a 8 anos de reclusão, com aumento de um terço para os líderes), revolta (8 a 20 anos de reclusão, também com aumento de um terço para os cabeças), aliciação para motim ou revolta (2 a 4 anos) e incitamento à desobediência ou indisciplina (2 a 4 anos).
Além desses crimes, os rebelados da PM mineira poderão responder também por recusa de obediência (até 6 meses de detenção).
Cada unidade da PM na capital mineira instaurou um IPM (Inquérito Policial Militar) para apurar eventuais participações na rebelião, realizada durante 13 dias.
O relações-públicas da PM mineira, major Rômulo Berbert Diniz, afirmou que não existe nenhuma conclusão sobre os inquéritos e que não há nenhuma informação sobre o número de indiciados.
O governo mineiro vai pedir ajuda ao governo federal para fazer frente ao aumento salarial concedido aos policiais após a revolta.
Os agentes penitenciários decidem hoje se paralisam as atividades.

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