São Paulo, terça-feira, 1 de julho de 1997
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Verdades e mentiras sobre o emprego depois do Plano Real

. O Brasil tem uma taxa de desemprego alta
Em termos: A taxa de desemprego brasileira está abaixo de 6% ao ano, próxima à dos Estados Unidos, Chile e Japão. O problema é que o mercado de trabalho brasileiro tem alto nível de informalidade

. O reajuste do salário mínimo ficou abaixo da inflação
Falso: O salário mínimo passou de R$ 64,79, em julho de 94, para R$ 120, em maio deste ano. O reajuste foi de 85,21%. A inflação, no mesmo período, ficou em 64,61%, pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe

. O nível de emprego caiu
Em termos: O número de postos de trabalho na indústria caiu, principalmente em São Paulo. A causa principal dessa redução é a abertura comercial dos anos 90. As medidas de restrição de consumo adotadas em 95 também afetaram o nível de emprego

. Os novos postos de trabalho criados no mercado são mais precários
Em termos: Dados do IBGE mostram que o segmento que mais cresceu no mercado foi o de trabalhadores sem carteira assinada. Nesse grupo, os trabalhadores autônomos tiveram sua participação ampliada. O grupo que mais cresceu foi o de até oito anos de escolaridade e remuneração de até dois salários mínimos (R$ 240)

. Aumentaram as ações trabalhistas na Justiça do Trabalho
Em termos: As Juntas de Conciliação e Julgamento receberam 1,6 milhão de ações individuais em 94, e 1,9 milhão em 96. Mas foi reduzido o número de dissídios coletivos. Em 95, a Justiça do Trabalho recebeu cerca de 3.200 processos. Em 96, foram em torno de 1.600

. Os trabalhadores não estão conseguindo ganhos nas negociações com os patrões
Falso: Estudo feito pelo economista José Pastore para a CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostra que, de 91 para 96, o pagamento do auxílio-alimentação subiu de 10% dos acordos e convenções coletivas para 34%. A assistência médica-odontológica passou de 3% para 11% dos acordos e o auxílio-creche foi ampliado de 3% dos contratos para 19%

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