São Paulo, terça-feira, 1 de julho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Taiwan dá sinais de aproximação com a China

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

No dia do retorno de Hong Kong à China comunista, Taiwan, a China nacionalista, deu sinais de querer uma reaproximação com a vizinha continental.
Lien Chan, primeiro-ministro da ilha, convidou o novo governador de Hong Kong, Tung Chee-hwa, para visitar seu país e se disse disposto a ir ao território comunista. "Nós o convidamos para visitar a República da China (Taiwan)."
O premiê, porém, rechaçou uma reunificação sob a fórmula "um país, dois sistemas" aplicada a Hong Kong. "Nós somos um país democrático", disse.
Taiwan parece preocupar-se com seus investimentos na China, feitos durante anos a fio por meio da então colônia britânica.
A aproximação entre comunistas e nacionalistas, porém, pode não ser tão fácil. Apesar de haver convidado membros do governo de Taiwan para a cerimônia de ontem, a China já disse que não irá receber oficiais da ilha na condição de representantes de Estado.
O governo de Pequim, que não reconhece o status de Estado de Taiwan, procura isolar o país internacionalmente. Os comunistas só aceitam manter laços diplomáticas com países que não os tenham com a ilha vizinha.
Em 1949, quando foram derrotados na guerra civil por Mao Tse-tung, os nacionalistas se refugiaram em Taiwan -e dali vêm perdendo a batalha contra a cada vez mais poderosa "terra-mãe".
Ontem, David Lee, porta-voz do governo de Taipé, disse que seu país "espera que Pequim respeite o espírito das instituições que permitiram o desenvolvimento de Hong Kong".

Texto Anterior: Em Pequim, só os convidados do governo chinês festejaram na praça Tiananmen
Próximo Texto: Internet preocupa Pequim
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.