São Paulo, terça-feira, 1 de julho de 1997
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Brasileiros devem voltar em agosto

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os 540 militares que o Brasil ainda mantém em Angola devem deixar o país até o dia 31 de agosto, a menos que a ONU determine a permanência de uma parte da tropa, segundo informações do Cecomsex (Centro de Comunicação Social do Exército).
O presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, pediu ao presidente Fernando Henrique Cardoso que mantenha no país uma companhia de engenharia, que trabalharia na reconstrução de estradas, pontes e outras obras de infra-estrutura.
Fernando Henrique já deu sinal verde, mas a decisão agora depende da ONU.
Os brasileiros estão em Angola desde fevereiro de 1995, quando a ONU determinou o envio de tropas para supervisionar o cumprimento do acordo que acabou com a guerra civil no país.
Em maio, o cabo fuzileiro naval Aladarque Cândido dos Santos foi morto com três tiros no rosto, em uma emboscada preparada por ex-guerrilheiros. Ele havia viajado a Angola como voluntário.
O cabo do Exército brasileiro Samuel Correia Sobrinho, também atingido por ex-guerrilheiros, foi salvo porque usava um colete à prova de balas.
Outros três soldados brasileiros morreram no país, contaminados pelo cólera durante a missão.
Ao chegar a Angola, a tropa brasileira era composta de pouco mais de 1.100 militares. No total, 11 países enviaram 7.600 homens para a missão.

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