São Paulo, quarta-feira, 2 de julho de 1997 |
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Ministro não vê interferência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Celso de Mello, disse ontem que a decisão do tribunal de impedir o afastamento imediato do governador de Santa Catarina, Paulo Afonso Vieira (PMDB), não acarreta consequências políticas negativas.O STF decidiu que Vieira poderá permanecer do cargo enquanto for processado pela Assembléia. Segundo ele, o processo de impeachment deve conciliar "a exigência imposta pelo interesse público, que deseja ver afastado do poder quem o exerce de maneira ilícita, com a necessidade de preservar, em favor do acusado, a garantia de plena defesa e do contraditório". No caso de Paulo Afonso Vieira, os ministros do STF entenderam que o afastamento do cargo, no momento da instauração do processo de impeachment pela Assembléia, violaria o direito de defesa e de contestação de provas. Anteontem, depois da decisão do STF, os deputados estaduais aprovaram, por 29 votos a 11, a abertura do processo de impeachment contra o governador. Mello desvinculou a renúncia do secretariado de Vieira, que abriu ontem a possibilidade de nova composição política para evitar o impeachment, da decisão do STF (leia texto à pág. 1-5). Comentando a renúncia, o presidente do STF afirmou: "São consequências que se projetam no domínio natural da atividade política, mas não são efeitos que se possam atribuir a uma decisão judicial que se limitou a aplicar, de maneira estrita, princípios da ordem constitucional". Texto Anterior: Acompanhe o processo de impeachment em SC Próximo Texto: A vida sem os discursos Índice |
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