São Paulo, quarta-feira, 2 de julho de 1997
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Inadimplência diminui 16,3% em junho

CLAUDIA GONÇALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

O número de consumidores inadimplentes em São Paulo registrou, em junho, queda de 16,3% com relação a maio passado, segundo dados divulgados ontem pela Associação Comercial de São Paulo -que também apresentou o balanço da inadimplência durante os três anos do Plano Real.
A redução dos inadimplentes no mês de junho já era esperada devido à sazonalidade e ao maior rigor na concessão de crédito por parte dos comerciantes.
Em maio, o número de inadimplentes foi recorde: 278,5 mil consumidores tinham ao menos uma prestação de seu carnê em atraso.
Ele acredita que a inadimplência só deve diminuir de fato no primeiro semestre de 98.
Isso porque as medidas que o comércio vem adotando agora -como estimular a venda em prazos menores e exigir entrada no ato da compra- só deverão ter efeito num período de seis meses.
Apesar de o número de carnês atrasados ter se mantido relativamente alto no mês passado, o número de pessoas que passaram a pagar seus carnês em dia foi recorde (133.980 consumidores, 9,5% a mais do que em maio deste ano).
Esse é o terceiro recorde consecutivo detectado na quantidade de pessoas que voltaram a pagar suas contas em dia. "Isso ocorreu porque as lojas estão renegociando as dívidas dos clientes", diz Emílio Alfieri, economista da ACSP.
Plano Real Ainda que desde o início do Plano Real o número de carnês em atraso tenha crescido 64,4% (de 1,572 milhão para 2,439 milhões em números mensais acumulados) quando comparado ao número de consultas anuais ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito, termômetro das vendas a prazo), ele demonstra que a inadimplência se manteve estável no Real.
Para ter uma idéia, no primeiro ano do plano (julho de 94 a julho de 95), o percentual dos atrasados com relação às consultas ao SPC era de 16,6%. No terceiro ano do Real (julho de 96 a julho de 97), esse percentual foi de 16,7%.

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