São Paulo, quarta-feira, 2 de julho de 1997
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O caso da arbitragem

. mai - O "Jornal Nacional" da TV Globo afirma que Ivens Mendes, presidente da Conaf, ofereceu ajuda da arbitragem em troca de dinheiro para sua campanha a deputado federal. São exibidas gravações clandestinas (grampos) em que a voz que seria de Mendes faz pedidos assim aos presidentes do Atlético-PR, Mario Petraglia, e do Corinthians, Alberto Dualib

. 8-12.mai - Forma-se uma subcomissão na Câmara dos Deputados, presidida por Lindbergh Farias (PC do B-RJ). Após algumas investigações, Farias afirma que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, sabia das ações de Mendes

. 10.mai - A Folha revela que Mendes continua financiando obras no Triângulo Mineiro, seu reduto eleitoral

. 12.mai - Dualib assume a autenticidade da conversa, mas afirma que ofereceu ajuda em caráter pessoal

. 13.mai - Nova gravação, adiantada pelo colunista da Folha Juca Kfouri, envolve outro dirigente corintiano, José Mansur Farhat

. 14-mai - O deputado Eurico Miranda (PPB-RJ), vice de Futebol do Vasco, assume o controle da subcomissão. Em protesto, os deputados do PC do B e do PT deixam-na

. 15.mai - Em anúncio nos jornais, Petraglia diz que não é réu, mas vítima

. 15-26.mai - O vice-presidente do STJD, Carlos Antonio Navega, que conduz o processo na Justiça desportiva, inocenta o árbitro suspeito, Dualib e sugere que vai denunciar Mendes e Petraglia

. 21-mai - A Justiça quebra o sigilo bancário e telefônico de Mendes. Teixeira depõe em Brasília e é adulado pelos deputados

. 5-jun - O Superior Tribunal de Justiça Desportiva elimina Mendes e Petraglia do futebol, suspende Dualib por dois anos e o Atlético-PR por um. Ninguém mais, clube ou pessoa, é punido

. 19-jun - O STJD decide que o Atlético-PR poderá participar do Campeonato Brasileiro deste ano, mas que ao final perderá cinco pontos, contrariando norma que previa perda de cinco pontos por jogo

. 20-jun - Teixeira decide cancelar o rebaixamento do Fluminense e do Bragantino e aumentar o número de clubes do Brasileiro deste ano para 26, contrariando o estatuto da própria CBF, que determina apenas 24 clubes

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