São Paulo, quinta-feira, 3 de julho de 1997 |
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Perseguição a ex-PM mobiliza 50 policiais
MARCELO GODOY
Essa é a versão do caso contada pela polícia. Pascoal estava internado na UTI de um hospital até as 19h de ontem. Não corria risco de vida, mas só deverá contar sua versão do caso na próxima semana. A perseguição e o tiroteio aconteceram ontem de madrugada nas ruas de Moema (zona sudoeste de SP). Tudo começou à 1h, por causa de um acidente de trânsito. Pascoal dirigia um Palio quando bateu em um Uno Eletronic que estava parado na alameda dos Anapurus. O policiamento de trânsito da PM foi chamado. O vendedor teria apresentado aos PMs uma carteira de policial civil e dito que era investigador. Ele teria se recusado a ir ao 27º DP em um carro da PM. Exigia a presença de um carro da Polícia Civil. Ex-policial militar, Pascoal foi reconhecido por um PM, que o convenceu a entrar numa Kombi da polícia e ir à delegacia. Ele não foi desarmado -tinha na parte da frente da cinta uma pistola calibre 9 mm e uma outra, calibre 40. A terceira arma, uma pistola calibre 45, estava em sua valise. "A PM deveria tê-lo desarmado na rua", disse o delegado Naief Saad Neto, do 27º DP. Cerca de 50 policiais civis e militares participaram da perseguição ao vendedor, que durou cerca de 20 minutos após a fuga do 27º DP. O vendedor teria aberto sua valise, pego uma pistola calibre 45 na cinta e colocado uma outra em ci ma da mesa da delegada. Então, a delegada pediu-lhe a carteira de investigador de polícia. Fernando entregou um documento com o nome do investigador Carlos Alberto Rosa Gomes e, em seguida, apanhou novamente a pistola. Ele engatilhou as armas e apontou-as para a delegada. Mandou todos se afastarem e saiu do 27º DP. Em frente à delegacia, pegou a Kombi do policiamento de trânsito, que estava com a chave no contato. Ele abandonou a perua na rua Viera de Moraes e continuou a fuga a pé. Na esquina dessa rua com a rua República do Iraque, dois investigadores do Grupo de Operações Especiais viram Pascoal. Pensando que o vendedor era um investigador, eles pararam a Parati do GOE e, quando iam descer do carro, Pascoal teria começado a disparar. Três balas acertaram a perna do investigador Paulo Quaglio Muzetti, 33. Outro investigador desceu do carro e, se protegendo atrás da lataria, atirou no vendedor. Mesmo tendo levado quatro tiros no peito e na perna, Pascoal entrou na Parati e fugiu. O vendedor foi encontrado pela PM parado na avenida Washington Luís, perto da favela do Buraco Quente. Ele havia desmaiado na direção. Texto Anterior: Comando afasta 9 PMs de Diadema Próximo Texto: Vendedor foi expulso da PM Índice |
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