São Paulo, quinta-feira, 3 de julho de 1997
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Extra X

CARLOS SARLI

A terceira edição dos X Games foi sucesso de crítica, público e até entre os competidores. Organizados pela rede de TV americana ESPN, os jogos foram transmitidos em 20 línguas para 175 países, numa cobertura de quase 40 horas, que atingiu 120 milhões de lares pelo globo.
O evento, realizado em San Diego (EUA), terminou sábado com a mais aguardada competição, o Snow Big Air. A pista, com 30 m de altura na arena central, começou a ser preenchida de neve na quinta à noite e, castigada pelo verão californiano, estava derretendo rapidamente na hora da prova. A condição estava longe da ideal, mas a técnica dos atletas superou as dificuldades, e a TV conseguiu o show que queria.
As competições de bicicleta também agradaram o público. O Bicycle Stunt Dirt Jumping e o Bicycle Stunt Vert foram outro show. Os bikers não se cansavam de fazer manobras, muitas terminando em tombos cinematográficos. A mais popular foi a Superman -quando o atleta salta, solta as mãos e os pés, fica paralelo ao solo como se estivesse voando, retoma o controle da bike e aterrissa.
No Skate Vertical, onde se depositavam as maiores esperanças brasileiras, Tony Hank não deu chance para ninguém. Somou 97,50 pontos, numa apresentação que foi considerada pelos jornalistas especializados como a 'the best ever', a melhor de todos os tempos. Ele já havia vencido no half pipe fazendo dupla com Andy McDonald, ficando com as duas de ouro na categoria. Bob Burnquist trouxe a medalha de bronze para o Brasil, enquanto Lincoln Ueda terminou em quinto.
Bob já havia conquistado outro bronze nas duplas e mais dois quartos lugares, que, somados ao ouro de Fabíola no In-Line e os quintos lugares de Ueda e da dupla Pierre-Gui no skysurfing, mostraram bom desempenho da pequena delegação brasileira entre os 400 atletas participantes dos Jogos.

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