São Paulo, sexta-feira, 4 de julho de 1997 |
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Defesa tenta desqualificar polícia
AUGUSTO GAZIR; DANIELA FALCÃO
A sentença estava prevista para sair na noite de ontem ou na madrugada de hoje. O julgamento, iniciado na quinta-feira da semana passada, foi o mais longo do Distrito Federal. "Não tenho que provar que José Carlos é inocente. O Ministério Público é que tem que procurar a verdade. Temos que o tempo todo mostrar que eles não conseguem provar o que alegam", afirmou Heraldo Paupério, um dos advogados do economista. "Não posso deixar que os jurados tenham dúvida ou pena do réu", disse o promotor Zacharias Mustafa Neto. Na "tática da dúvida", o principal objetivo da defesa foi desqualificar a investigação da polícia. Anteontem, no depoimento de Francisco Julião, delegado que presidiu o inquérito, os advogados de defesa se apegaram a detalhes da investigação para confundir e colocar o delegado em cheque. Julião passou a maior parte das quatro horas de depoimento respondendo perguntas da defesa. O depoimento foi considerado "muito bom" pela promotoria. O delegado disse que investigou e não achou nenhum indício da participação dos "anões do Orçamento" no crime, tese levantada pela defesa. Texto Anterior: Filha de José Carlos depõe e acusa "anões" Próximo Texto: Inepar é "testa-de-ferro" da Camargo Corrêa, diz tribunal Índice |
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