São Paulo, sexta-feira, 4 de julho de 1997
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Defesa tenta desqualificar polícia

AUGUSTO GAZIR; DANIELA FALCÃO
DOS ENVIADOS A PLANALTINA (DF)

Para conseguir absolver o economista José Carlos Alves dos Santos da acusação de ter mandado matar a mulher, Ana Elizabeth Lofrano, a tática dos advogados de defesa foi colocar a dúvida na cabeça dos sete jurados.
A sentença estava prevista para sair na noite de ontem ou na madrugada de hoje. O julgamento, iniciado na quinta-feira da semana passada, foi o mais longo do Distrito Federal.
"Não tenho que provar que José Carlos é inocente. O Ministério Público é que tem que procurar a verdade. Temos que o tempo todo mostrar que eles não conseguem provar o que alegam", afirmou Heraldo Paupério, um dos advogados do economista.
"Não posso deixar que os jurados tenham dúvida ou pena do réu", disse o promotor Zacharias Mustafa Neto.
Na "tática da dúvida", o principal objetivo da defesa foi desqualificar a investigação da polícia.
Anteontem, no depoimento de Francisco Julião, delegado que presidiu o inquérito, os advogados de defesa se apegaram a detalhes da investigação para confundir e colocar o delegado em cheque.
Julião passou a maior parte das quatro horas de depoimento respondendo perguntas da defesa.
O depoimento foi considerado "muito bom" pela promotoria. O delegado disse que investigou e não achou nenhum indício da participação dos "anões do Orçamento" no crime, tese levantada pela defesa.

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