São Paulo, sexta-feira, 4 de julho de 1997
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Cartão magnético será acionado do bolso

ROGÉRIO GENTILE
DA REPORTAGEM LOCAL

Os cobradores de ônibus da cidade de São Paulo serão substituídos por um sistema de catraca eletrônica em que os cartões magnéticos não precisam ser inseridos no equipamento.
Pelo sistema, quando o usuário passar pela catraca, o cartão será debitado automaticamente. No mesmo momento, a catraca será desbloqueada.
A cobrança será feita mesmo que o cartão esteja no bolso do usuário ou dentro de sua carteira.
A única exigência é que o cartão magnético tem de passar a 10 cm da leitora eletrônica, localizada abaixo do orifício para inserção de bilhetes comuns.
O cartão magnético será destinado para o usuário que quiser adquirir mais de uma viagem (não há limite).
Quem preferir comprar apenas uma passagem vai usar um bilhete similar ao do metrô (que é inserido na máquina).
Na bilheteria, o cartão será carregado eletronicamente. Quando terminarem os créditos, o cartão poderá ser recarregado.
A compra de viagens poderá ser efetuada nas bilheterias ou em máquinas instaladas em bancas de jornais, lojas, escolas e empresas.
A principal vantagem do sistema, segundo Antonio Emiliano da Cunha, diretor administrativo da SPTrans (órgão que gerencia o transporte coletivo por ônibus em São Paulo), é a redução no fluxo de embarque nos ônibus.
Segundo ele, com esse novo tipo de bilhete, 40 pessoas podem passar pela catraca por minuto.
"Com bilhete eletrônico comum (que precisa ser inserido), passam 20 pessoas por minuto pela catraca", afirma o diretor.
A colocação dos equipamentos custará cerca de R$ 55 milhões. Serão instaladas 12 mil catracas.
Segundo a prefeitura, com o novo sistema, o custo mensal do transporte será reduzido em 20%.
O presidente do sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus, José Alves do Couto Filho, o Toré, não quis fazer comentários ontem sobre o assunto.
Por meio de sua assessoria, informou que vai falar apenas depois de tomar conhecimento oficial do início da mudança.
Metrô
O governo do Estado estuda a implantação do cartão magnético contactless (sem contato) no metrô e nos trens da EMTU (Empresa Metropolitana de Trens Urbanos). Com isso, um mesmo cartão poderia ser utilizado nos três meios de transporte.
Na bilheteria, o usuário compraria as passagens do seu interesse (10 viagens de ônibus, 15 de metrô e 12 de trem), que seriam creditadas no mesmo cartão.

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