São Paulo, sexta-feira, 4 de julho de 1997 |
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Pinga artesanal busca novo consumidor
BRUNA MONTEIRO DE BARROS
Defensores da bebida têm se esforçado para fazer com que as classes A e B descubram o sabor da "pinga de alambique" e aprendam a degustá-la. O químico Engels Machado Maciel, por exemplo, já ministrou cursos na Fundação Nacional de Tropeirismo, localizada em Caçapava. Aposentado pela Cia. Vale do Rio Doce, hoje oferece consultoria a pequenos alambiques de pinga artesanal. Em seu texto "A Desmitificação da Cachaça Artesanal", o químico tenta responder algumas perguntas que poderiam ser feitas por pessoas que estão ingressando na "arte" de degustar a bebida. Maciel aconselha que uma boa cachaça pode ser acompanhamento para feijoada, torresminhos ou churrasco. "Mas pode simplesmente ser degustada para apreciação", diz o químico em entrevista à Folha. Intercalar com água ajuda no resultado. Mas Maciel lembra que a cachaça, como qualquer bebida, não é alimento e deve ser consumida com moderação. A Folha visitou o alambique Belarmino, na Serra da Cantareira, para acompanhar uma alambicagem -processo de fabricação. Juan Correia, funcionário do alambique, mostra a alambicagem (veja quadro ao lado) e no final garante: "Feita sem adição de produto químico, ela não dá ressaca, nem deixa cheiro na boca." O alambique oferece pingas recém-tiradas e envelhecidas por 10 meses, 11 meses e 2 anos, brancas ou amarelas -que podem adquirir a cor por envelhecimento em carvalho ou mistura com melaço de cana. O destaque do local é a "vinga", mistura de pinga, vinho, cravo e canela, em proporções que o alambique prefere guardar em segredo. Alambique: Belarmino Onde: Sítio Santa Cruz (estrada do Apolinário, km 10, Mairiporã, tel. 011/9998-7403) Quando: de seg. a sáb., das 8h às 18h; dom., das 8h às 17h (as alambicagens ocorrem normalmente nos fins-de-semana, conforme a necessidade do alambique) Quanto: de R$ 0,50 a R$ 1, a dose; de R$ 3,50 a R$ 12, o litro (descontos para quem levar o recipiente) Informações sobre cursos: Fundação Nacional de Tropeirismo, tel. 012/253-1773 Texto Anterior: Benjamim ganha colóquio na Holanda Próximo Texto: A pinga artesanal passo a passo Índice |
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