São Paulo, sexta-feira, 4 de julho de 1997
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SP e Santos produzem 'As Bodas de Fígaro'

IRINEU FRANCO PERPÉTUO
ESPECIAL PARA A FOLHA

As prefeituras de São Paulo e Santos produzem, em conjunto, "As Bodas de Fígaro", de Mozart. Com custo ainda não divulgado, a montagem busca o despojamento e a simplicidade.
Santos, que teve récitas na sexta e no domingo passados, entra com a Orquestra Sinfônica e o Coral Municipal de Santos, dirigidos por seu regente titular, Luís Gustavo Petri.
São Paulo, que abriga os espetáculos hoje e domingo, contribui com solistas, ambientação cênica e figurinos, reciclando material armazenado no Teatro Municipal da cidade.
"Fiz uma composição com elementos do acervo do teatro, que é bastante grande", explica João Carlos Malatian, diretor cênico da montagem.
Idealizador da iniciativa, Luís Fernando Malheiro, maestro assistente do Teatro Municipal de São Paulo, diz que o fato de as cidades serem administradas pelo mesmo partido, o PPB, não influenciou o projeto.
"Sou meio desligado de política", diz. "Só fui perceber isso quando as coisas já estavam encaminhadas."
"Na verdade, a idéia veio depois da experiência que Santos teve com ópera, ao montar 'O Café' no ano passado", afirma.
A intenção de Malheiro é transformar o teatro Paulo Eiró -que tem fosso de orquestra- em palco para montagens baratas, com a participação de jovens cantores brasileiros.
Dentro do mesmo espírito, está marcada para outubro uma produção de "O Barbeiro de Sevilha", de Rossini, que deverá ter direção cênica do veterano barítono italiano Enzo Dara.
Em "As Bodas de Fígaro", os principais solistas são Sandro Bodilon (Fígaro), Angélica Feital (Rosina), Solange Siquerolli (Susana) e João Paulo Haddad (Conde Almaviva).
A música de Mozart será executada na íntegra -com um intervalo de 15 minutos, o espetáculo terá 3h20 de duração.
Para que o público possa se divertir com os imbróglios do libreto de Lorenzo da Ponte (baseado na peça homônima de Beaumarchais), haverá a projeção de legendas.

Ópera: As Bodas de Fígaro, de Mozart
Onde: teatro Paulo Eiró (av. Adolfo Pinheiro, 765, tel. 011/546-0449)
Quando: sex, às 21h; dom, às 18h
Quanto: R$ 10 e R$ 5 (estudantes e maiores de 60 anos)

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