São Paulo, domingo, 6 de julho de 1997
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Ex-diretores da Telos são investigados

FREDERICO VASCONCELOS; MARCIO AITH
DA REPORTAGEM LOCAL

Ex-diretores da Telos, o fundo de pensão dos funcionários da Embratel, acumulam hoje uma série de indícios de crime cometidos na gestão da instituição.
A Telos foi uma das instituições que compraram, por preços acima do mercado, títulos emitidos por Estados e municípios para pagar precatórios (dívidas judiciais).
Por causa disso, toda a diretoria foi demitida pelo ministro das Comunicações, Sérgio Motta.
Meses antes, uma auditoria realizada no fundo, a pedido da Telebrás, já havia constatado um problema sério na atuação da Telos no mercado de ações.
Bolsas
Realizada pela empresa de auditoria Trevisan, o trabalho revelou que 25% das operações da Telos, realizadas entre janeiro de 1993 e dezembro de 1995, influenciaram artificialmente o preço de algumas ações nas bolsas. E "apresentaram condições para que terceiros tenham auferido ganhos".
A Polícia Federal investiga. As suspeitas recaem sobre o ex-gerente de renda variável, Paulo César Ferracini, e o ex-gerente de renda fixa, Heitor de Barros. Eles não foram localizados.
Segundo depoimento do ex-presidente da Telos, Olival Mantovanele Netto, à CPI dos Precatórios, Ferracini se deslocava pelo Rio de helicóptero, e Barros estaria dando a volta ao mundo mundo em seu barco, o "Maktub".
(FV e MA)

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