São Paulo, domingo, 6 de julho de 1997
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Selecionador é mais maleável com jovens

SIMONE CAVALCANTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Na busca por uma vaga de estágio ou de trainee, nem mesmo os jovens escapam do olhar crítico dos selecionadores. Embora mais maleáveis, desclassificam sem pensar duas vezes aqueles que entram na sala ouvindo "walkman", mascam chicletes e, principalmente, levam um dos pais à entrevista.
"A apresentação, a postura e a verbalização são elementos que uma boa parte dos jovens ainda não está acostumada a levar em conta num processo de seleção", diz Sonia Maria Alves, 37, gerente da Central de Estágios, que seleciona em média 2.500 estudantes por mês para empresas.
Algumas gafes, consideradas menores, chegam a ser perdoadas pelo entrevistador, mas o estudante não deixa de ser alertado. Sonia conta que entrevistou uma candidata com grandes chances: "Mas o problema foi que ela ficou debruçada sobre a mesa durante toda a entrevista e nem percebeu o erro".
Na opinião da psicóloga Misgley de Paula Garcia, 34, do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), que encaminha em média 30 mil estudantes por semestre, "todas as gafes que os candidatos cometem podem confirmar se ele é ou não perfeito para a vaga".
Nas dinâmicas de grupo, "quando os jovens se soltam mais", a espontaneidade ajuda a descobrir o perfil para a vaga. Assim, pode-se saber: se o candidato é um líder, se consegue trabalhar em equipe ou se é centralizador. Mas os extremos, alertam os especialistas, podem ser prejudiciais. Extravasar ou reter atitudes também pode não pegar bem na entrevista.
(SCa)

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