São Paulo, domingo, 6 de julho de 1997 |
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QUEM É BALLESTER Gonzalo Torrente Ballester (1910) - escritor espanhol, nasceu na Galícia em 1910. Formado em direito e filosofia, conjugou o ofício de escritor ao de professor de história. Embora a Espanha estivesse vivendo sob uma ditadura -o franquismo (1939-1975)-, Ballester sempre se manteve distante da política. Mas, ao apoiar uma greve de mineiros, passou a ser perseguido e foi impedido de publicar suas obras. Mudou-se, então, para os EUA em 1966, convidado a lecionar literatura espanhola na Universidade de Albany. Com a publicação, em 1972, de "La Saga/Fuga de J.B.", Ballester passou a ser reconhecido na Espanha. A partir daí, seu prestígio aumentou, ganhando o Prêmio Nacional de Literatura Espanhola, em 1981, e o Prêmio Cervantes, em 1985. Seu destaque deveu-se, em parte, à comparação que a imprensa da época fez entre sua obra e "Cem Anos de Solidão", de Gabriel García Márquez. O próprio Ballester estimulou essa comparação com o "realismo mágico" do colombiano ao chamar seus romances de "literatura de imaginação". Mas, durante os anos 60, em plena efervescência das esquerdas, sua obra foi considerada como alienada e esteticizante. Ballester trabalha também como crítico literária e teatral para jornais e revistas. Além de "A Ilha dos Jacintos Cortados", escreveu também, entre outras: . O Casamento de Chon Recalde (Record) - narra a vida de duas irmãs órfãs que retornam à sua cidade-natal, . Don Juan (Nova Fronteira) - inspirado em Molière, o Don Juan de Ballester é tratado de forma cruel e sarcástica, viajando do século 17 para a Paris agitada dos anos 60. . La Saga/Fuga de J.B. - considerada sua obra-prima, é uma fábula sobre as viagens no tempo e no espaço do protagonista João Bastida. Texto Anterior: Os pitorescos personagens de Ballester Próximo Texto: A busca de espaços 'de primeiro mundo' Índice |
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