São Paulo, segunda-feira, 7 de julho de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
O bicho vai pegar nos festivais americanos de verão
ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR
Depois basta viajar um pouco para ouvir o sumo sacerdote Iggy Pop ao lado do rockabilly demencial do Reverend Horton Heat. Como aperitivo, a barulheira do Sponge. Para quem gosta de punk, opções não faltam. O que você acha de um palco ocupado numa mesma tarde/noite por Social Distortion (a integridade em forma de banda de rock), Pennywise, Helmet e Sick of it All? Completando, também é possível assistir numa mesma turnê ao prototecno do Devo, mais Orbital com Prodigy, o cavernoso Tool, a vanguarda trip hop de Tricky. Nada disso é delírio. Está acontecendo no verão norte-americano, que, havia já um bom tempo, não reunia tantas atrações interessantes. Pantera e Marilyn Manson estão no festival Ozz-Fest. Iggy e o Reverendo fazem parte do evento Roar. A concentração punk está na chamada Warped Tour. E o mix de tecno, trip hop e rock é a receita deste ano do já consagrado Lollapalooza. Este último, depois de uma recaída comercial em 1996, volta agora a ousar. Quem ouviu "Pre-Millenium Tension", o álbum mais recente do Tricky, sabe que o som dele é para lá de complicado. Vai ser uma experiência no mínimo desconcertante ver Tricky tocando aquelas esquisitices todas para públicos de 15 mil pessoas ou mais. Se Prodigy e Orbital conquistarem o público americano, será a consolidação da interface tecno/rock como a principal trilha do pop atual. As coisas, aparentemente, estão se encaminhando assim: rock para os saudosistas renitentes; trip hop, trance, drum and bass etc. etc. etc. para superfanáticos; e tecno-rock, como Chemical Brothers, o próprio Prodigy, Moby e quetais... para as massas! * Se estiver com grana sobrando, agende-se: 16 e 17 de agosto, em Chelmsford e Leeds. Boa viagem. * Recém-chegado de Londres, o ínclito Thales de Menezes, do Folhateen, me informa que se chama Beer (cerveja) o mais esperado projeto de rock do ano. Trata-se de uma reunião entre Noel Gallagher, guitarrista do Oasis, e o lendário Johnny Marr, dos Smiths. Na bateria, um moleque de 18 anos; no baixo, outro de 20. Todos de Manchester. Vai ser de arrepiar. Texto Anterior: Os discos mais importantes de cada ano nas três últimas décadas Próximo Texto: "Music For Pleasure", Monaco Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |