São Paulo, quarta-feira, 9 de julho de 1997
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Jogo pesado; Coleção de derrotas; Crise mineira; Rebelião tucana; O hábito faz o monge; Casa de marimbondo; Justiça amazonense; Jogando a toalha; Alternativa pedetista; Acerto pefelista; Rejeição presidencial; É difícil passar; Guerra interna; Efeito Tony Blair; Glutão sob controle; Barganha miúda; Fica o registro

Jogo pesado
Três fatores explicam o otimismo do governo na votação da quebra da estabilidade dos servidores: 1) políticos receberam cargos prometidos na reeleição; 2) crise das PMs assustou governadores e parlamentares; 3) reprimenda de FHC aos ministros.

Coleção de derrotas
O governador Eduardo Azeredo (PSDB) está furioso com FHC, que dissera na semana passada que Newton Cardoso não nomearia o chefe do DNER mineiro. Ontem, saiu no "Diário Oficial". O peemedebista levou e prometeu apoiar a reforma hoje.

Crise mineira
A interlocutores, Eduardo Azeredo classificou a nomeação de Flavio Goes Menicucci para o DNER mineiro como "quebra da confiança" em relação a FHC.

Rebelião tucana
Tucanos prometem dar o troco a FHC na votação do FEF por terem perdido o DNER mineiro.

O hábito faz o monge
O governador do Acre, Orleir Cameli, esteve recentemente em Manaus. Comprou um telefone celular e um "home teather". Detalhe: pagou em dinheiro.

Casa de marimbondo
Kandir (Planejamento) vetou a idéia de destinar ao FEF 20% da arrecadação com privatizações, o que compensaria a devolução que o governo fará aos municípios. O corte se concentraria na pasta de Serjão (Comunicações).

Justiça amazonense
O governador Amazonino Mendes (PFL-AM) obteve liminar proibindo outdoors que pedem CPI da compra de votos.

Jogando a toalha
O governo deve desistir de votar o fim da paridade entre ativos e inativos na reforma administrativa, na Câmara. Vai deixar o tema para a reforma da Previdência, que tramita no Senado.

Alternativa pedetista
O PDT negocia a adesão da senadora Emília Fernandes (PTB-RS). O partido de Brizola poderá lançá-la candidata a governadora do Rio Grande do Sul.

Acerto pefelista
Luís Eduardo Magalhães e Marco Maciel selaram anteontem acordo sobre 98. O líder do governo na Câmara deve disputar mesmo o governo baiano. E o vice continua na chapa de FHC. O Planalto e ACM deram o aval.

Rejeição presidencial
FHC ficou preocupado com a chance de ter Luís Eduardo como vice. Detonaria crise com o PSDB e ele teria um político com mais luz própria ao lado. Preferiu o discreto Maciel.

É difícil passar
PSDB, PPB e PFL (que seriam os mais prejudicados com a contagem de deputados no começo da legislatura para efeito de horário eleitoral de TV) somam 283 deputados hoje. Bastam 257 para derrubar a idéia do PMDB.

Guerra interna
Os pedetistas que negociam a volta do partido ao governo de Santa Catarina poderão ter de deixar a legenda. A tendência da Executiva Nacional é vetar apoio a Paulo Afonso (PMDB).

Efeito Tony Blair
De Paulo Bernardo (PT-PR), sobre a vitória da esquerda na Cidade do México: "Espero que os marketeiros que o FHC enviou ao México tenham aprendido a lição e avisem ao presidente que ele está no caminho errado".

Glutão sob controle
O prefeito do Rio, Luiz Paulo Conde, faz dieta rigorosa para perder 20 kg. O excesso de peso (tem 117 kg) prejudica a cura dos problemas no joelho direito que o obrigaram a engessar a perna.

Barganha miúda
O apoio dos pequenos partidos ao relatório de Carlos Apolinário para a lei eleitoral de 98 já está amarrado. Em troca, o texto permitirá aos partidos coligados apresentar 1,3 candidato por vaga nas eleições proporcionais.

Fica o registro
Um tucano diz que o secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge, não teve participação na reaproximação de Joaquim Roriz (PMDB-DF) com o Planalto. A operação teria sido feita por senadores peemedebistas.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), sobre Serjão (Comunicações) defender plebiscito em 98 para reforma política:
- É uma contradição. Por que o ministro não defendeu plebiscito sobre a reeleição, que também é reforma política.

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