São Paulo, quarta-feira, 9 de julho de 1997
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Vale decide elevar previsão de investimentos para este ano

FERNANDO PAULINO NETO
DO ENVIADO ESPECIAL A VOLTA REDONDA (RJ)

O presidente do conselho de administração da Vale do Rio Doce, Benjamin Steinbruch, disse ontem que a empresa aumentou sua previsão de investimentos de R$ 600 milhões para R$ 800 milhões ainda este ano.
Steinbruch disse, sem detalhar projetos, que as prioridades da empresa serão os setores de mineração e ferrovias.
Steinbruch disse que, nos próximos 60 dias, o conselho de administração, os novos sócios controladores e o diretor-superintendente de participações da CSN, Manoel Horácio Francisco Silva, trabalharão exclusivamente na Vale do Rio Doce.
As subsidiárias da empresa só serão objeto de avaliação em prazo posterior. Steinbruch disse ainda que nos próximos 30 dias apresentará aos sócios uma proposta de novo modelo administrativo para ser aprovada.
Reformulação lenta
A remodelação da Vale não será realizada de forma abrupta. Segundo Steinbruch, a reformulação será implementada de maneira lenta.
Ele confirmou que a parte comercial da empresa será objeto de modificações. Para ele, a empresa precisa ter "uma parte comercial muito ativa", sem se limitar apenas a comprar e vender mercadorias.
"À medida que a empresa vai se internacionalizar, vai ter que se repensar essa parte", disse ele.
Para Steinbruch, no caso de o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) considerar que há monopólio no setor do aço pelo fato de a Vale (controlada pela CSN) ter participação em outras siderúrgicas, defende que a empresa se desfaça dessas participações acionárias.
Sublinhando que falava de maneira pessoal e que nada havia sido decidido pelo conselho de administração, ele disse que o importante é preservar o fornecimento de minério para as siderúrgicas pela Vale.
"Um dos caminhos é vender as participações e acertar contratos de longo prazo". Steinbruch disse que a situação da Vale não caracteriza monopólio.
Ele disse que a empresa não faz parte do grupo controlador da Usiminas e que na Açominas e Siderar (empresa Argentina) a Vale tem cerca de 5%. Apenas na CST faz parte do grupo de controle, com 10% do capital.

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