São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Mudança no FEF favorece bancos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O governo retirou do projeto que prorroga o FEF (Fundo de Estabilização Fiscal) até 1999 o recolhimento adicional de sete pontos percentuais que os bancos faziam como CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).A exclusão dessa contribuição adicional foi descoberta ontem pelo bloco de oposição, que anuncia que vai usá-la como argumento para tentar modificar o FEF, cuja votação está prevista para hoje. "O governo suavizou o imposto dos bancos e agora não sobra dinheiro para compensar as perdas que os municípios terão com a prorrogação do FEF", disse o deputado Paulo Bernardo (PT-PR). A perda dos municípios com o FEF é estimada em R$ 883 milhões em dois anos e meio. Nesse período, os bancos deixarão de recolher R$ 1,7 bilhão de CSLL, segundo estimativa preliminar de Bernardo. O bloco de oposição começou a articular com outros partidos uma emenda que reintroduz a taxação adicional dos bancos e compensa 100% das perdas dos municípios. A proposta provocou reação contrária da relatora do projeto do FEF na Câmara, deputada Yeda Crusius (PSDB-RS). "Esse é um raciocínio perverso", disse. Crusius reconheceu que, vista isoladamente, há uma aparente redução da carga tributária dos bancos. "Mas esse é só um lado da moeda", disse, argumentando que o assunto não pode ser apartado do conjunto de mudanças promovidas no IRPJ (Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas). Texto Anterior: Como deve ficar a estabilidade Próximo Texto: COMO VOTARAM OS DEPUTADOS Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |