São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997
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TAM compra Airbus para disputar rotas internacionais

DA REPORTAGEM LOCAL

A empresa mais rentável do país pelo segundo ano seguido -rentabilidade de 49,3% em 96- se prepara para vôos mais altos. Em novembro deste ano, a TAM, líder do mercado aéreo regional, recebe dois Airbus A310 e começa a operar regularmente a rota São Paulo-Miami-São Paulo, com 14 frequências semanais. É a primeira etapa no projeto de expansão internacional -além das fronteiras do Mercosul- da companhia aérea presidida pelo comandante Rolim Adolfo Amaro.
A empresa -175ª no ranking das 300 maiores- vai investir US$ 1,1 bilhão para incorporar à sua frota, pelo sistema de leasing (aluguel com opção de compra), dez aparelhos Airbus para rotas internacionais de longa distância.
Em outubro de 98, a TAM deve receber mais quatro Airbus de última geração: os A 330-220, que estão sendo produzidos na Europa.
Após a queda Nem a queda de um Fokker F-100 após a decolagem do aeroporto de Congonhas, em outubro do ano passado -saldo de 99 mortos-, conseguiu abalar os planos da empresa e os resultados financeiros.
A empresa perdeu 47 mil passageiros no mês seguinte à queda e o preço das ações caiu pela metade. Mas a recuperação veio em pouco mais de seis meses.
"Em maio deste ano, já registramos 99% do volume de passageiros de outubro de 96", conta Luiz Eduardo Falco, vice-presidente da empresa.
As ações também se recuperaram. Em junho, já valiam 12% mais que na véspera do acidente.
Outra prova de que a TAM manteve a confiabilidade do mercado, segundo Falco, foi o acordo com o Banco Garantia, que decidiu investir US$ 80 milhões na companhia.
O faturamento líquido cresceu 21% e atingiu US$ 511,5 milhões. O lucro líquido também aumentou: US$ 55,6 milhões, alta de 20% em relação a 95.
Segundo dados fornecidos pela empresa, a TAM, com sua frota de cem aviões, entre eles cerca de 30 jatos Fokker F-100, já detém 15,4% do mercado aéreo doméstico.
É a empresa do setor aéreo com maior produtividade por empregado: a relação é de um funcionário para cada 1.458 passageiros transportados.

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