São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997 |
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Destroços do avião se espalharam por 4 km e lotaram 2 camionetes
OTÁVIO CABRAL
Pedaços retorcidos da fuselagem e do revestimento interno da aeronave retirados das fazendas ocuparam completamente as caçambas de duas camionetes D-10 do Corpo de Bombeiros. Segundo moradores da região, uma forte explosão foi ouvida por volta das 8h40 de ontem. "Ninguém viu o avião, pois havia uma neblina muito forte na hora do acidente. Mas, de repente, ouvimos uma explosão e vimos um corpo e pedaços de metal caindo do céu", relatou a agricultora Maria Aparecida da Costa, 47, que colhia nabos em uma horta na hora da explosão (leia texto abaixo). Cerca de 20 segundos após a explosão, o corpo do empresário Fernando Caldeira de Moura, 38, caiu na mesma plantação, na fazenda da Mandioca, a cerca de 50 metros do local onde Maria Aparecida trabalhava. "Quando o corpo caiu no chão, levantou uma nuvem de poeira. Quando fui olhar o que era, vi um homem morto dentro de um buraco", afirmou o também agricultor Moacir Vieira, 34, segunda pessoa a chegar ao local da queda. Dezenas de agricultores que não trabalhavam devido ao feriado acordaram com o barulho da explosão e foram ao local da queda do corpo. "Acordei assustado com o barulho. Achei que uma bomba tinha explodido na fazenda", disse César Teixeira, 24. O maior pedaço da fuselagem foi encontrado a cerca de um quilômetro do local da queda, perto de uma horta de alface. Um quilômetro adiante, na fazenda Tijuco Preto, três assentos e outros pedaços da fuselagem foram encontrados. "Os bancos caíram no meio do pasto, perto de uma boiada. Os bois se assustaram a começaram a correr de um lado para outro", contou Marcelo Azevedo, 19, caseiro da fazenda. Em outra fazenda, a Casa Amarela, aproximadamente a dois quilômetros do corpo, estava um pé de sapato de Caldeira de Moura, seus documentos e a passagem aérea, que custou R$ 46,59. Texto Anterior: "Pedi que Deus segurasse o avião" Próximo Texto: Polícia sai em busca de avião Índice |
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