São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997
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Aeroporto de São José não tem detector de metais nem raio X

MARCELO PEDROSO
DA FOLHA VALE

O Aeroporto de São José dos Campos, por onde passam 4.000 passageiros por mês, não possui detector de metais nem aparelho de raios X para identificar o conteúdo das bagagens.
O aeroporto é administrado pela Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária).
Três seguranças trabalham no setor de embarque e desembarque. Apenas um dos seguranças fica armado -no portão de entrada de veículos, que serve de acesso a ambulâncias, por exemplo.
Segundo o gerente de operações do aeroporto, Orlando Araújo Pudenze, nada de anormal foi registrado na manhã de ontem durante o embarque para o vôo 283.
Pudenze disse que só podia falar sobre o movimento de passageiros. Segundo ele, a responsabilidade sobre a bagagem -inclusive da de mão- seria da empresa aérea.
O Fokker 100 da TAM prefixo PT-WHK pousou às 8h15 em São José com 30 passageiros. Ninguém desembarcou na cidade.
Depois do embarque de mais 25 passageiros, a aeronave decolou às 8h30 sem registro de problemas.
O terminal civil do aeroporto fica ao lado do aeroporto militar da cidade, usado pelo CTA (Centro Técnico Aeroespacial).
Um grupo de soldados do Binfa (Batalhão de Infantaria da Aeronáutica) se encarrega da vigilância da área militar.
Carros da Polícia Militar se encarregam de rondas periódicas na área externa do aeroporto.
Assalto
A aeroporto foi assumido pela Infraero após o assalto de R$ 5 milhões a um avião da TAM, em 24 de abril de 96.
O assalto levantou a possibilidade de falha na segurança do aeroporto, já que os assaltantes entraram na pista de pouso com uma camionete e fizeram passageiros e tripulantes de reféns.
Um grupo de seis homens armados com metralhadoras Uzi, fuzis AK-47 e AR-15 conseguiu roubar o dinheiro da empresa Brink's, que estava em 18 malotes dentro do compartimento de carga do avião.

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