São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997
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Policiais do Piauí decidem terminar greve

PAULO MOTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TERESINA

A greve dos cerca de 5.000 cabos e soldados da PM do Piauí terminou ontem depois de uma assembléia que durou quatro horas e foi marcada por confusões e desorganização. A greve durou cinco dias.
Os grevistas aceitaram a proposta feita pelo governador do Piauí, Francisco Morais (PMDB), conhecido por Mão Santa, que ofereceu uma gratificação especial de R$ 120 e propôs a criação de uma comissão que deve elaborar uma política salarial para os grevistas.
Os cabos e soldados reivindicavam R$ 638,00 de salário. Eles recebem atualmente R$ 215,00.
A decisão aprovada pelos grevistas foi costurada entre Mão Santa e a liderança do movimento em uma reunião que durou também quatro horas -entre 10h e 14h-, no Palácio Karnak, sede do governo.
Após a reunião, o presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM, Antônio Santiago, levou a proposta aos grevistas que estavam em assembléia permanente na praça da Bandeira desde sexta-feira, quando começou a greve. Sob um calor de 36 graus, Santiago foi vaiado quando falou na assembléia e deixou a praça.
Uma mulher, que se identificou como Cláudia e disse ser mulher de um cabo, falou por 30 minutos contra a proposta do governo. O discurso foi interrompido quando Cláudia desmaiou, aparentemente desidratada. Bombeiros atenderam Cláudia, que passa bem.
Por volta das 16h, Santiago voltou a comandar a assembléia. Mão Santa apareceu na praça da Bandeira e foi recebido pelos policiais. Juntos, PMs e governador rezaram a oração do "Pai Nosso" e cantaram o Hino Nacional.

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