São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997 |
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Álvaro vê persistência
ARNALDO RIBEIRO
Álvaro, em princípio, será o substituto de Bordon até o titular se recuperar da fratura no pé. Mas, ontem, o clube apresentou o zagueiro James, 22, que veio do Matstubara para testes. (AR) * Folha - Como foi sua trajetória até chegar ao time principal do São Paulo? Álvaro - Difícil. Fui reprovado quatro vezes na peneira. Depois, cheguei a jogar um ano no Matsubara, do Paraná. Mas também fui dispensado. Resultado: comecei a trabalhar numa borracharia e rachava lenha para ajudar a família. Folha - Quem finalmente te aprovou no São Paulo? Álvaro - O Gilberto Sorriso, ex-jogador. Após o treino, ele disse que eu não teria condições de ficar, mas me aceitaria se eu trabalhasse dia e noite. Comecei a treinar sozinho, com duas bolas e um cone, durante as tardes. Ganhei massa, habilidade e fui conquistando meu espaço. Cheguei até à seleção. Folha - Você trabalhou com o Dario nos juniores? Álvaro - Sim. É o meu ídolo. Me ensinou a trabalhar como um profissional desde que eu comecei. Também me ensinou a jogar bem com as duas pernas. Me transformou num jogador versátil. Sou zagueiro, volante e lateral. Folha - Quais são seus grandes objetivos? Álvaro - Comprar uma casa para minha mãe, que não pode mais trabalhar, e garantir um bom futuro para o meu sobrinho Rafael. Ele tem cinco anos e não foi assumido pelo pai. Texto Anterior: São Paulo coloca à prova geração sub-20 Próximo Texto: Sem atrito, Denílson quer virar artilheiro Índice |
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