São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997 |
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Holyfield diz que decisão 'fortalece o boxe'
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
Durante o julgamento, um advogado representando o lutador afirmou que seu cliente não tinha interesse em punir o adversário. Em seguida, no entanto, mostrou que não era bem assim, ao declarar que o boxe estava em jogo e que nenhum indivíduo era maior do que a modalidade, em nítida indireta contra o ex-campeão. Prosseguindo no papel de mocinho representado por Holyfield, o advogado afirmou que seu cliente deseja que Tyson tenha a ajuda de que necessita para se recuperar. Holyfield, detentor do cinturão da Associação Mundial de Boxe, segue visitando a África do Sul, ensinando a crianças a importância de frequentar uma escola, conforme explicou seu advogado. Dentro de quatro semanas, o campeão dos pesados deverá se submeter a uma nova cirurgia plástica para terminar de reparar sua orelha direita, que teve um pedaço arrancado pela mordida. Ele só deverá retomar os treinamentos em setembro. Seu objetivo é realizar mais uma luta ainda neste ano, desta vez contra Michael Moorer, que já conseguiu vencê-lo uma vez. A repercussão Especialistas em boxe entrevistados por emissoras de TV nos Estados Unidos atribuíram às más companhias as dificuldades pelas quais passa Mike Tyson. O comportamento de John Horne, um dos empresários do ex-campeão, logo após o combate, foi muito criticado. Descontrolado, Horne chegou a chorar, falar palavrões diante das câmeras de TV e ameaçar o adversário de seu lutador. "Foi tudo muito triste para quem, como eu, ainda acha que o boxe é uma nobre arte", disse Sugar Ray Leonard, campeão mundial em cinco diferentes categorias de peso. "A atitude de Tyson desta vez foi longe demais e ele não poderia mesmo ter saído impune", comentou o ex-lutador Bobby Czyz, hoje comentarista de boxe para a televisão norte-americana. (JCA) Texto Anterior: Empresário de Golota não descarta luta Próximo Texto: Advogado de Tyson culpa a imprensa Índice |
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