São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997
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Terremoto na Venezuela faz 20 mortos

Ao menos 57 ficaram feridos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um terremoto de ao menos 5,5 graus na escala Richter que atingiu a região leste da Venezuela matou ao menos 20 pessoas e feriu 57.
Na cidade mais afetada pelos tremores, Cariaco, 408 km a leste de Caracas (a capital da Venezuela), três prédios desabaram, matando 15 pessoas. Em Cumaná, a 350 km a leste de Caracas, cinco pessoas morreram no desabamento de um edifício de escritórios.
Segundo a agência "Efe", até 50 pessoas podem ter morrido no desabamento. A agência disse também que houve mais mortes em outras cidades do Estado de Sucre, Cumaná é a capital do Estado.
"Sabemos que muitos danos foram causados a diversos prédios", disse Ramon Martinez, governador do Estado de Sucre.
O governador, que declarou estado de emergência, fez apelo para que os habitantes da região se reúnam em locais abertos.
Segundo Gerber Rondon, do instituto de sismologia Funvisis, disse que o epicentro do terremoto, ocorrido às 15h25 (17h27 em Brasília), foi na península de Paria, nordeste da costa caribenha do país.
O terremoto atingiu 5,5 graus na Richter, disse Rondon. A informação foi contestada por instituto norte-americano -o terremoto chegou a 6,9 graus, afirmou o Geological Survey.
Os tremores atingiram toda a região central e leste da Venezuela. Em diversos edifícios da capital do país os tremores foram sentidos.
Segundo uma rádio venezuelana, um muro caiu sobre 60 veículos na ilha caribenha de Margarita.
A Venezuela é constantemente atingida por terremotos. No último de grandes consequências, em 29 de julho de 1967, 245 pessoas morreram na área de Caracas.
Pronunciamento cancelado
O presidente do país, Rafael Caldera, suspendeu ontem pronunciamento que faria sobre as tensões na fronteira com a Colômbia.
Fontes do Palácio de Miraflores, sede do governo, disseram que Caldera suspendeu seu comunicado devido ao terremoto.
Dois soldados venezuelanos ficaram feridos ontem após ataque de prováveis guerrilheiros colombianos na fronteira entre os dois países. O incidente é o mais grave desde a morte de dois marinheiros venezuelanos em 1º de abril em ataque atribuído a grupo guerrilheiro.

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