São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997
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A favor da vida; Barbara Gancia x TAM; Portuguesa esquecida; Inatingível; Rumo certo; Sadismo; Atrevimento

A favor da vida
"A propósito da coluna de Clóvis Rossi de 9/7, a Associação das Avós da Praça de Maio estará celebrando em outubro vindouro seus 20 anos de existência com um congresso internacional, no qual pretende reafirmar sua trajetória a favor da vida, pelo direito à identidade, pela procura e restituição das crianças desaparecidas durante o regime militar da Argentina, pela promoção e ensino dos direitos humanos e apoio às gerações jovens na busca de projetos de vida, identidade, compromisso e utopia."
Jaime Wright, fundador do Clamor -Comitê de Defesa dos Direitos Humanos nos Países do Cone Sul (Vitória, ES)

Barbara Gancia x TAM
"Gostaria de destacar a maravilhosa coluna de Barbara Gancia em 9/7 ('Empresa do ano tem segurança insatisfatória').
Essa profissional mais uma vez mostra o seu belo profissionalismo e dignidade, tendo a coragem de expressar seus sentimentos e personalidade.
É desses profissionais que o nosso Brasil precisa. E enviamos o nosso apoio por essa coluna."
Carlos Alberto de Albuquerque Prado, diretor da Associação Brasileira de Parentes e Amigos de Vítimas de Acidentes Aéreos (São Paulo, SP)
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"Barbara Gancia resgata parte da credibilidade que a boa imprensa deve merecer com seu artigo de 9/7 ('Empresa do ano tem segurança insatisfatória'), no mesmo dia em que outro Fokker 100 da TAM quase provoca nova tragédia.
Essa situação não poderia ter sido evitada se a empresa, em vez de arrolhar a imprensa com a atual torrente publicitária em torno do enganoso prêmio, tivesse se dedicado a um atendimento justo às vítimas do vôo 402 e a corrigir falhas que inegavelmente existem em suas aeronaves?
Obrigado, Barbara!"
Marcelo Alexandre de Oliveira (Rio Branco, AC)
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"Barbara Gancia é precipitada e tem atitudes jocosas em sua coluna de 9/7. Viajo constantemente com a TAM e não percebo tanta insatisfação ou falta de manutenção adequada nas aeronaves.
Como tudo que adquire brilho próprio, a TAM é sem dúvida o alvo preferido de muitos.
As perdas materiais e pessoais do vôo 402 estão cobertas pelo seguro vigente em lei. O acidente de 9/7 precisa ainda de investigação."
Renato Rossito (São Caetano do Sul, SP)

Portuguesa esquecida
"É com muita tristeza no meu coração que, folheando o jornal, não tenho visto notícias, nem pequenas e muito menos grandes, do meu clube, Associação Portuguesa de Desportos, vice-campeã brasileira de 1996 e com 65 mil sócios.
Gostaria que a Folha desse um pouquinho de atenção à colônia lusitana, que não é pequena no Estado de São Paulo."
Oscar do Nascimento Rezende (Bragança Paulista, SP)

Inatingível
"Embora reconhecendo muitas verdades no artigo 'Baderna policial e mudanças' (6/7), do professor Paulo Sérgio Pinheiro, na pessoa de quem vemos um legítimo defensor dos direitos humanos, lamentamos dizer que os vencimentos dos delegados de polícia jamais chegam a R$ 10 mil, R$ 15 mil ou R$ 30 mil, pois o Estado de São Paulo é o 16º Estado brasileiro que pior paga suas autoridades policiais.
Aqui, um delegado de polícia, bacharel em direito e concursado, inicia a carreira com apenas R$ 1.652 e, na última classe da carreira, após 30 anos de serviço policial não chega a R$ 6.000. Triste verdade."
Bismael Batista de Moraes, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Rumo certo
"Esse movimento denominado 'Reage, Câmara', se pretende mesmo reagir à desmoralização a que vem se submetendo aquela Casa, por que demora tanto a propor a extinção do recesso de julho?
Até o Judiciário se mancou e essa vergonha já foi extinta para as primeiras instâncias.
Sugiro que o nome seja logo mudado para 'Se liga, Congresso'!"
Maria Tereza Rodrigues (São Paulo, SP)

Sadismo
"A Organização dos Direitos Humanos protesta contra as condições de vida dos criminosos nas prisões de todo o mundo, mas o mandante do Peru gaba-se das condições nas quais joga os idealistas seguidores do Tupac Amaru.
Essas prisões são feitas especialmente rigorosas nas fendas profundas da terra e ali eles são condenados a agonizar.
Senhor presidente, essa sua satisfação tem nome: sadismo."
Moysés Kucinski (São Paulo, SP)

Atrevimento
"É interessante destacar o atrevimento, agora do senhor Celso Pereira Caricati ('Painel do Leitor', 26/6) -que desde a Fazenda São Joaquim, em São Roque, submerso em atividades de rotina de inoculação de cavalos na produção de plasma, pretendeu impedir a atualização de esquemas de imunização introduzidos por nós e trazidos de países evoluídos-, que pretende criticar a nossa atuação frente ao Instituto Butantan.
Esse senhor, de atividade intelectual limitada, quer utilizar a sua medíocre atuação defendendo o seu atual patrão.
A defesa ao senhor Isaias Raw evidentemente decorre de estratégia que visa a estabilização do referido senhor e dos tais 59 assinantes.
É tamanho o atrevimento no assunto, a falta de personalidade, que enquanto se encontrava em trabalho de campo contribuindo mediocremente como inoculador de cavalos soroprodutores não poderia ter acompanhado em São Paulo nosso desempenho no Instituto, em Genebra, em outras cidades da Europa, dos EUA e África do Sul, onde assessoramos a produção de soros e vacinas durante dezenas de anos.
Se o Instituto estivesse cientificamente bem situado deveria ter sido citado pelo menos em último lugar em levantamento realizado em 1995.
O INCQS, a que se refere, iniciava suas atividades na época e não merecia confiança, aliás como atualmente, pois se fosse tão capaz teria controlado e não teria autorizado o uso de vacinas nacionais e importadas inseguras e de péssima qualidade, causando inclusive morte de crianças.
Todos os nossos controles -quando necessários, pois um dos órgãos de referência era o próprio Instituto Butantan- foram feitos nos EUA e na Dinamarca, sempre em instituições de referência da Organização Mundial da Saúde, e nunca tivemos reclamação.
Não criticamos o Instituto Butantan, mas sim a profunda mediocridade que sofre no momento. Se o senhor Raw fosse tão bom, não teria se retirado da Harvard Public Health School para se dedicar à área de produção industrial num instituto que desconhece suas atividades científicas."
Bruno Soerensen, ex-diretor do Instituto Butantan (São Paulo, SP)

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