São Paulo, sábado, 12 de julho de 1997 |
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Estudante é achada morta em escritório
MÁRIO MOREIRA
Quem encontrou o corpo foram o namorado de Luciana, Antônio Gobbo, o diretor da federação, Osvaldo Harkman, e uma amiga da estudante, Heloísa de Souza. Eles foram ao local às 4h, a pedido de Gobbo. A porta estava fechada, mas não trancada. Eles entraram usando a chave de Harkman, já que a maçaneta não gira do lado de fora. O namorado contou à polícia que, durante a tarde e a noite de anteontem, telefonou várias vezes para o trabalho de Luciana, sem que ninguém atendesse. Às 12h20, ela havia marcado, por telefone, um almoço com Heloísa, mas não havia aparecido. Luciana era secretária da federação e trabalhava sozinha no local, chegando de manhã e saindo no final da tarde. Ela cursava o 7º período de direito na Suam (Sociedade Universitária Augusto Mota). No dia 2 de junho, Luciana registrou queixa na 1ª DP (Delegacia Policial), na praça Mauá (centro), sobre o furto de sua carteira, que deixara em sua sala. Depois, trocou a fechadura e instalou um olho mágico na porta. Embora seu corpo tenha sido encontrado com um fio de telefone em volta do pescoço, a perícia já constatou que o assassino a matou estrangulando-a com as mãos. Depois, ele mergulhou a cabeça da vítima no galão de água do bebedouro do escritório. Sobre a cabeça, colocou uma caixa com disquetes, para Luciana não poder se levantar, caso ainda estivesse viva. Além disso, ele amarrou as mãos da estudante, também com o fio do telefone. O corpo apresentava um hematoma na nuca. A polícia investiga a hipótese de o assassino ser uma pessoa conhecida de Luciana. Em sua agenda, não havia anotações sobre encontros na federação anteontem. A portaria do prédio comercial onde fica a entidade não faz registros das pessoas que entram, o que dificulta o levantamento de suspeitos pela polícia. Texto Anterior: Estudante é presa por planejar morte do pai Próximo Texto: Uê avisa que mais presos vão morrer Índice |
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