São Paulo, sábado, 12 de julho de 1997
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Terremoto na Venezuela já matou 68

Equipes correm contra o tempo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Subiu para 68 o número de vítimas do terremoto no nordeste da Venezuela, e as equipes de resgate dizem que têm poucas chances de resgatar mais sobreviventes sob os escombros. O tremor aconteceu na quarta-feira.
Ontem, um novo abalo sísmico, de 4 graus na escala Richter causou pânico em uma região a 100 km de Caracas, a capital. Os especialistas dizem que esse terremoto, que não causou danos nem vítimas, não tem relação com o de quarta-feira.
Aquele atingiu 6,3 graus na escala Richter. Essa escala não tem fim; nela, um grau a mais significa um terremoto dez vezes mais forte. Os piores tremores já medidos atingiram aproximadamente nove.
Ainda há cerca de 30 pessoas presas sob os escombros de prédios que caíram na quarta-feira, em uma região a cerca de 500 km a leste de Caracas. Equipes de resgate continuavam ontem a trabalhar em uma escola da localidade de Cariaco e em um edifício comercial de Cumaná, a capital do Estado de Sucre.
O terremoto aconteceu no meio da manhã, razão pela qual escolas e prédios estavam cheios.
O resgate é feito de forma improvisada e conta com a ajuda de centenas de voluntários, já que o país tem escassa estrutura para lidar com terremotos. O tremor desta semana foi o pior em 30 anos.
O papa João Paulo 2º enviou mensagem de pesar às vítimas do tremor. Um telegrama do Vaticano dizia que "o santo padre João Paulo 2º oferece suas condolências pelo descanso eterno dos mortos e reza fervorosamente para que o Senhor garanta conforto àqueles atingidos por esse horrível incidente".
Enchentes
Além dos problemas com o terremoto, a Venezuela enfrenta agora problemas com inundações. Acredita-se que três pessoas (incluindo duas crianças) já tenham morrido devido às cheias. Três pontes caíram e 650 casas foram atingidas no Estado de Miranda, que inclui parte da região metropolitana de Caracas.
As autoridades declararam estado de alerta. O rio Tuy, que banha a região -basicamente formada cidades-dormitórios nos arredores da capital-, ainda está subindo, o que pode fazer com que haja mais destruição.

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