São Paulo, domingo, 13 de julho de 1997 |
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Professor há 23 anos recebe R$ 720 no RS Ele aposta em Lula para melhorar educação CARLOS ALBERTO DE SOUZA
Eleitor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele leciona 30 horas semanais, de manhã e à tarde, no Colégio Estadual Cândido José Godói, de Porto Alegre (RS). Apesar do salário "indigno", disse que sente "satisfação pessoal", ensinando português, redação técnica e literatura brasileira a alunos de segundo grau. "Sinto que meus alunos, cujas idades variam de 15 a 60 anos, reconhecem o trabalho", declarou Barbosa, que, do início da carreira para cá, teve perdas salariais. "Em 1974, recebia o equivalente a dez salários mínimos (hoje R$ 1.200) e achava que o magistério iria me proporcionar boa remuneração", disse. Hoje ganha o equivalente a seis mínimos. Solteiro, o único bem que possui é um apartamento de 45 m2, comprado em 1979 e que terminará de pagar em 2003. "Não sou pessimista e acredito que a educação pode ser redimida, se livrando do salário de miséria e melhorando a pedagogia, pois também existem professores limitados", afirmou Barbosa. Para ele, que refuta o rótulo de "decadente" pelo fato de ter nível superior, baixa remuneração e votar em Lula, o líder petista é uma "boa opção". "Assisti a entrevista recente do Lula e notei que ele está com discurso de estadista. É um homem que caminhou, cresceu, acumulou um enorme conhecimento político. Se fosse presidente, teria sensibilidade para tratar a educação", disse o professor. Texto Anterior: Salário de servidores é o trunfo de Brasília Próximo Texto: Conta certa; Viva Covas; Porque quis; Quem paga imposto é muambeiro; Uma estatística amarga para os tucanos; A paciente da radioterapia foi queimada pelo "chupa-cabra"; Marta Goes Índice |
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