São Paulo, domingo, 13 de julho de 1997
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Sotaque pode confundir tripulação e passageiros

NOELLY RUSSO
DA REPORTAGEM LOCAL

O sotaque é um dos grandes vilões das viagens aéreas internacionais. O idioma utilizado é o inglês, mas a maneira como cada país pronuncia suas palavras é muito particular.
As ordens da torre de comando, principalmente números de pistas ou informações sobre velocidade e altitude, são facilmente confundidas. Às vezes, o piloto não entende. Ocorre também de os funcionários da torre não entenderem.
Os pilotos brasileiros, por exemplo, são conhecidos como "say it again airline" (diga de novo companhia aérea) nos aeroportos norte-americanos, principalmente em Los Angeles.
Gíria também é outro fator que pode atrapalhar. Por exemplo, os norte-americanos costumam chamar carinhosamente os aviões de "baby" (bebê) ou "duck" (pato). O carinho nem sempre é compreendido e acidentes podem acontecer.
Esse é o motivo de um investimento de U$ 5 milhões do governo norte-americano para aumentar a automação nos aeroportos.
Automação
A automação faria com que muitos procedimentos de pouso e de decolagem pudessem ser feitos sem a intervenção do homem. Eventualmente a automação pode ajudar a diminuir as confusões e os acidentes aéreos.
"Mesmo que os pilotos falem inglês, existe o problema do sotaque, que às vezes pode tornar o idioma incompreensível. Isso tem provocado terríveis acidentes aéreos", disse o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial, Murillo de Oliveira Villela.
(NR)

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