São Paulo, domingo, 13 de julho de 1997
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Especialistas acreditam que governo irá resistir

DE BUENOS AIRES

O Ministério da Economia irá resistir às pressões políticas e não executará gastos fora do Orçamento em vigor.
Essa é a avaliação de especialistas consultados pela Folha, que definem como "peronização" da política econômica a iniciativa de gastar a partir de pedidos políticos e de corporações sindicais e empresariais.
O economista argentino Roberto Aleman, um dos mais respeitados do país, avalia como "natural" os pedidos políticos para aumentar gastos públicos no país às vésperas das eleições.
Ele afirmou que os pedidos chegam das Províncias -que querem postergar o repasse do IVA ao governo federal-, das indústrias -que querem subsídios- e dos aposentados e professores -que querem o aumento dos gastos orçamentários.
"Isso faz parte da democracia, mas o governo não vai ceder. Manter o controle fiscal é mais importante", diz.
Para o cientista político Rosendo Fraga, diretor do Centro de Estudos para a Nova Maioria, o presidente Menem irá respaldar o ministro Fernández na sua posição contrária à "peronização" econômica. Ele não acredita que o déficit fiscal será menor que os US$ 6 bilhões verificados em 1996.

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