São Paulo, domingo, 13 de julho de 1997
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Albacora Leste é vedete de contratos

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O campo de Albacora Leste, na bacia petrolífera submarina de Campos (RJ), é a vedete dos 149 contratos de parcerias que a Petrobrás está negociando com 65 empresas nacionais e internacionais.
Seu desenvolvimento está orçado em mais de US$ 800 milhões, quase um terço do valor total do conjunto de contratos em negociação, mas mesmo assim ele é o principal alvo das grandes empresas do setor, interessadas em entrar na área de Campos, a principal província petrolífera do Brasil.
O campo de Albacora Leste fica em lâmina d'água (distância entre a superfície e o fundo do mar) que vai de cerca de 800 a 2.000 metros. A Petrobrás já descobriu petróleo na área, mas ainda não tem uma avaliação de todo o seu potencial.
Produção
Como o nome indica, ele fica a leste do campo de Albacora, um dos maiores da bacia de Campos, com produção atual de 140 mil barris de óleo e 2,1 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
Albacora tem reservas totais de 600 milhões de barris de petróleo e de 11 bilhões de metros cúbicos de gás. Até o final deste ano o campo estará produzindo 160 mil barris de óleo e 2,4 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
A Petrobrás recebeu na última segunda-feira as propostas dos interessados em todas as áreas ofertadas ao mercado, mas decidiu não dar informações sobre o assunto.
A estatal vai analisar o que lhe foi entregue por cada empresa para fazer uma espécie de pré-seleção, definindo aquelas que efetivamente têm condições de fazer parcerias com ela.
Negociações finais
A etapa seguinte, prevista para ocorrer a partir de setembro, será a das negociações finais dos contratos. Até lá, espera-se que já esteja aprovada no Congresso Nacional a lei que regulamenta a flexibilização do monopólio estatal do petróleo.
Até que a lei seja votada, somente a Petrobrás pode participar de exploração e produção de petróleo no Brasil.
Segundo a Folha apurou, além de Albacora Leste, estão incluídas nos 149 contratos de parcerias propostos a bacia de Santos (SP-PR-SC), também submarina, áreas submarinas na Bahia, recuperação de campos terrestres também na Bahia, bacia Potiguar (RN) e áreas na Amazônia.
(CS)

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