São Paulo, domingo, 13 de julho de 1997
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Crédito ao consumidor perde fôlego

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

O grande estimulador das vendas e, consequentemente do ritmo de atividade das fábricas -o financiamento ao consumidor- já se esgotou, avalia Boris Tabacof, diretor do departamento de economia da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
"As alterações nas vendas que ocorrerão daqui para a frente serão sazonais", diz. Para ele, a indústria perdeu fôlego e os fatores que poderão reavivá-la são os estímulos às exportações e os novos investimentos.
"Os salários estão praticamente estabilizados. Como não há mais grande estímulo para a compra de longo prazo, não há como se esperar mais aumento de consumo e, consequentemente, crescimento da atividade industrial."
TV
Fabricantes de televisores que chegaram a prever para este ano venda superior a 10 milhões de aparelhos -no ano passado a venda foi de 8,54 milhões de unidades- já estimam para 1997 um mercado até menor do que o de 1996.
Essa inversão nos planos de vendas de televisores pode até afetar o gás financeiro das indústrias e o desempenho de outras linhas, como a de áudio.
A Folha apurou junto a uma grande indústria de eletroeletrônicos que os fabricantes não previam um encolhimento do mercado sobretudo num ano que antecede um ano de Copa do Mundo.
Roberto Macedo, presidente da Eletros, que reúne a indústria eletroeletrônica, diz que os fabricantes estão neste momento numa fase de transição -o que significa equilibrar a oferta e a demanda.
"Pode ser que o enfraquecimento do mercado se deva ao endividamento do consumidor."
(FF)

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