São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 1997 |
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Maioria não estava estudando
FERNADNO ROSSETTI
"Os professores não estão aceitando essas crianças. Existe uma espécie de cultura da pobreza, segundo a qual o aluno não aprende porque é pobre", diz ela. "Estão desconsiderando a cultura desses meninos, que não é pior nem melhor, mas diferente. Aí o menino não consegue acompanhar. É um sistema de exclusão", afirma Consuelo, que hoje trabalha na formação de educadores da rede pública do Distrito Federal. Para ela, o que joga meninos e meninas na rua -um ambiente que acaba levando às infrações- é a necessidade de trabalhar e, às vezes, a violência em casa. Mas "muito antes dos meninos irem para a rua, eles já estão sendo excluídos na escola", diz, com base nos dados que mostram que praticamente todos os infratores já haviam frequentado uma escola (só 15% são analfabetos). A coleta dos dados foi feita entre outubro de 95 e abril de 96, com questionários enviados a "todas as instituições estaduais responsáveis pelas unidades de internação". Não forneceram dados os Estados de Tocantins e Roraima. O Estado de São Paulo tem metade dos jovens presos (2.090). (FR) Texto Anterior: Estatuto ainda não é seguido Próximo Texto: Saída para fracasso escolar Índice |
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