São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Bragantino faz 3 a 1 para 1.803
MARCELO DAMATO
Promoção montada pelo time paulista para aumentar o público da partida deu certo. Com mulheres, crianças e aposentados pagando R$ 5,00 para entrar, a arrecadação registrou 1.803 pessoas que compraram ingressos. No domingo anterior, contra o Bahia, outros 3 a 1, mas sem promoção, houve 950 pagantes. Apesar da torcida ter aumentado, o dia foi pontilhado por gafes. O sumiço de uma chave impediu que um dos homens fortes do Bragantino, o deputado federal Marco Antonio Abi Chedid (PSD-SP), visse na íntegra a partida. Sem a chave, Marco Chedid não pôde atravessar a sala da diretoria (por onde o trio de arbitragem é obrigado a passar para ir ao seu vestiário) e alcançar o setor das cadeiras cativas. O início do jogo Chedid ainda assistiu de pé, do lado de fora do setor nobre. Esperou alguns minutos e, então, se descontrolou. "Alguém perdeu a droga dessa chave", gritou para um funcionário, mandando-o procurá-la. Chedid, no entanto, teve que dar a volta por fora das arquibancadas para chegar a seu lugar. Outra gafe foi protagonizada pelo presidente do clube, Sidnei Machado. Ao participar de entrevista a uma rádio local ao lado do presidente do Fluminense, Álvaro Barcellos, disse: "Vi um jogo do seu time. Era um timinho bem ruim." Barcellos, rapidamente, retrucou: "O time é bom, a culpa é do técnico anterior (Hugo de León). Mas já mandei ele embora." Barcellos, mesmo assim, ficou nervoso e, no intervalo da partida, não quis dar entrevistas. Com um timinho ou não, o dirigente carioca teve que aguentar calado as provocações dos torcedores do Bragantino. "Corre Marcio, se você não melhorar vai jogar no Fluminense", gritou várias vezes o torcedor Edson Balacci para o atacante reserva do sua equipe, que entrou no segundo tempo da partida. Ao final do jogo, animado com o resultado, o deputado estadual (PSD-SP) e presidente interino da CBF, Nabi Abi Chedid, patrono do Bragantino, colocou-se na ponta da escada de saída das cativas para receber os cumprimentos dos torcedores do clube. LEIA MAIS sobre a rodada do Brasileiro às págs 4-2 e 4-5 Texto Anterior: Em Bragança Paulista Próximo Texto: Quem tira público dos estádios é a cartolagem Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |