São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 1997
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Pitta reafirma versão da compra do Vectra

DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo negou ontem que o prefeito Celso Pitta (PPB) tenha pago com cheque o Vectra que comprou ano passado.
O assessor de imprensa Henrique Nunes reafirmou a versão do prefeito sobre o caso até agora, dizendo que Pitta pagou R$ 30 mil pelo carro em dinheiro vivo -mais um Escort usado, no valor de R$ 5 mil, para complementar o negócio.
Na manhã de ontem, em depoimento à PF (Polícia Federal), Bento Ribeiro, da Autoglobal, teria afirmado que Pitta pagou com um cheque de R$ 30 mil mais o Escort para levar o Vectra da concessionária.
O negócio ocorreu em 31 de maio do ano passado. Com as dúvidas sobre as fontes de renda de Pitta, devido às irregularidades apontadas em seu Imposto de Renda pela Receita Federal, a compra do carro passou a ser investigada.
No seu depoimento, que foi fechado, Ribeiro teria dito que o prefeito não pagou o carro em "cash".
Também depôs na manhã de ontem João Ribeiro da Silva, sócio-proprietário da Comercial Distribuidora Photography.
Silva teria afirmado à PF que foi pressionado a "mentir no depoimento" pelo doleiro Yasha Moghrabi -que teve seu depoimento marcado para quinta-feira.
Silva é dono do cheque de R$ 30 mil que caiu na conta da Autoglobal na mesma época do negócio de Pitta. A PF suspeita que esse cheque tenha pago o Vectra do então secretário das Finanças da prefeitura. Pitta e Silva negam.

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