São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 1997![]() |
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EUA vão testar vacina contra malária feita por brasileiros
RICARDO BONALUME NETO
Um outro motivo para o otimismo da pesquisadora foi a revelação recente dos resultados obtidos por uma outra equipe, do Exército dos EUA, que conseguiu proteção de 100% de seis em sete pessoas testadas. "Considero aquela parcialmente minha, pois a proteína CS é a base dessa vacina", disse ela. A proteína CS ("circunsporozoíto") foi estudada pioneiramente pelo casal de pesquisadores como uma maneira de desenvolver imunidade contra o parasita causador da malária. Essa proteína parece também ter um papel importante na capacidade de reprodução do parasita, o plasmódio. A vacina dos Nussenzweig é feita sinteticamente, construída com "pedacinhos" de proteínas, os peptídeos. Já outras vacinas experimentais são feitas com técnicas de engenharia genética como o DNA recombinante, isto é, utilizam seres vivos como bactérias para transportar para os locais desejados os genes que contêm o código para produção das proteínas. "É preciso ter cautela para não criar ilusão", disse ela. A boa notícia, diz, é que "sim, é possível fazer uma vacina". Mas ainda há muitos obstáculos a superar até seu emprego no campo. "É preciso checar a duração da proteção, o efeito em regiões endêmicas, entre outros", afirma Ruth. A criação de uma vacina contra a malária é uma prioridade de saúde pública em todo o mundo tropical, no qual essa doença afeta milhões de pessoas. São 600 mil casos por ano no Brasil. Texto Anterior: Crianças desnutridas menores de cinco anos de idade (%) Próximo Texto: Cientistas boicotam empresa do Sivam Índice |
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