São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 1997
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Telebrás adere à telefonia internacional

ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO

Uma boa notícia para as multinacionais que têm subsidiárias no Brasil: o presidente da Telebrás, Fernando Xavier Ferreira, assinou ontem, nos Estados Unidos, dois contratos de parceria com telefônicas internacionais para melhorar o atendimento às grandes corporações empresariais instaladas no país.
O primeiro contrato foi assinado com a Concert Communications Services, da qual fazem parte as telefônicas de longa distância MCI (Estados Unidos), British Telecom (Inglaterra), Portugal Telecom e Telefônica da Espanha.
O segundo contrato foi fechado com a WorldPartners, organização concorrente da Concert que reúne 16 operadoras internacionais de serviços de telecomunicação, entre elas a norte-americana AT&T, a KDD do Japão, a Telstra (Austrália) e a HongKong Telecom (China), entre outras.
O objetivo desses acordos é dar um atendimento uniforme às grandes corporações empresariais, independentemente do país em que estejam localizadas.
Como é a operação
As parcerias entre as telefônicas internacionais são um fenômeno recente e surgiram por pressão dos próprios usuários. A WorldPartners nasceu em 1993. A Concert surgiu em 94.
Essas alianças funcionam da seguinte forma: uma indústria norte-americana, com sede em Nova York e subsidiárias no Japão, Espanha, Itália, Brasil e México, por exemplo, passa a ter uma linha internacional exclusiva.
Com isso, eles podem interligar os computadores de suas subsidiárias e transmitir dados em alta velocidade, fazer ligações internacionais e teleconferência de forma automática, como se estivessem usando uma rede corporativa dentro de um mesmo país.
Ao aderir às alianças globais, a Telebrás passa a oferecer o serviço tanto às empresas estrangeiras com unidades no Brasil quanto às companhias brasileiras com subsidiárias no exterior.
Patrícia Sieh, porta-voz da WorldPartners, diz que o alvo da entidade é atender às 2.000 maiores multinacionais. "Já atendemos a 450 companhias", afirmou.
Segundo a porta-voz, as operadoras comprometidas com essas alianças internacionais negociam pacotes de serviços e os clientes podem pagar a conta no país e na moeda que escolherem.
Além da Concert e da WorldPartners, existe mais uma aliança mundial: a Global One, coordenada pela Sprint (Estados Unidos), Deutsch Telecom (Alemanha) e France Telecom.
A Telebrás, por ter monopólio dos serviços de longa distância no Brasil, deve assinar acordo semelhante também com a Global One.

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