São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 1997 |
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Passagem sobe 13,8% para os ônibus interestaduais
ISABEL VERSIANI
Desde julho de 96, quando havia sido concedido o último reajuste para os ônibus, o custo da mão-de-obra do setor teve um aumento médio de 13,68%. Os preços dos veículos, no mesmo período, cresceram 11,77%. A inflação acumula alta de 7,08%, de acordo com o Índice de Preços aos Consumidor (IPC) da Fipe. O secretário de Transportes Terrestres do ministério, Cláudio Lucarevschi, informou que, a partir do próximo ano, o governo pretende conceder reajustes diferenciados para cada uma das 350 concessionárias que operam no país. A idéia é que cada empresa seja autorizada a conceder um aumento proporcional aos ganhos de produtividade que obteve ao longo do ano e também à variação de seus custos individuais. Esse já é o procedimento adotado hoje com as tarifas de energia elétrica e telecomunicações, cujos aumentos deixaram de ser lineares depois do Plano Real. Cerca de 150 milhões de passageiros são transportados nas linhas interestaduais por ano. A idade média da frota, segundo o ministério, é de quatro anos. Licitação O Ministério dos Transportes irá lançar, até o final do ano, licitações para a concessão de 150 linhas de ônibus interestaduais. Há 20 anos o governo não lança esse tipo de licitação. Atualmente, segundo Lucarevschi, há cerca de 800 linhas "piratas" (operando sem licença) no país. O secretário admitiu que essas linhas não oferecem segurança aos passageiros, já que não são fiscalizadas e não pagam impostos, mas argumentou que, em muitas regiões, elas são a única alternativa de transporte para os usuários. "Se eu tirar o clandestino de algumas regiões, vou acabar prejudicando o usuário", afirmou o secretário. No ano que vem, o ministério pretende lançar novas licitações para linhas que já são servidas por outras empresas mas têm demanda reprimida, como a que liga as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Porto A deputada federal Telma de Souza (PT-SP) informou que ingressará hoje na Justiça com pedido de liminar (decisão provisória) para que o terminal privativo da Cosipa volte a integrar a área do chamado porto organizado de Santos (SP). O ministro dos Transportes, Eliseu Resende, disse ontem em Santos que, se houver decisão judicial no sentido de reintegrar a Cosipa ao porto, o governo respeitará. Colaborou a Agência Folha Texto Anterior: OCDE critica ação contra desemprego Próximo Texto: As tarifas sociais Índice |
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