São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 1997
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Estudo liga o fumo na gravidez a distúrbios de conduta dos filhos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Mulheres que fumam mais de dez cigarros por dia durante a gravidez têm risco 4,4 vezes maior do que as que fumam menos -ou que não fumam- de terem filhos com distúrbios de conduta, segundo estudo da Universidade de Chicago, divulgado ontem pelos "Archives of General Psychiatry", da Associação Médica Americana.
O estudo foi feito com 177 meninos de 12 anos, que foram avaliados posteriormente por seis anos. Os desvios de conduta com ocorrências "frequentes e persistentes" diagnosticados foram: mentiras, atos de vandalismo, incêndios, crueldade física, atividades sexuais forçadas e furtos.
Pesquisas preliminares indicaram que a fumaça dos cigarros das mães durante a gestação alterou o modo como o DNA e o RNA foram sintetizados nos cérebros de seus filhos. As moléculas de DNA controlam a formação de proteínas, que são produzidas pelas de RNA.
Essas mudanças, por sua vez, teriam causado alterações no funcionamento dos cérebros dos filhos e, consequentemente, gerado os futuros desvios de conduta, segundo o estudo. "Durante suas vidas, jovens com distúrbios de conduta causam gastos extraordinários para a sociedade por estarem mais nitidamente ligados à Justiça criminal, doenças mentais, abuso de drogas e a serviços médicos e especiais", disse Wakslag.

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