São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997
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PF vai investigar 15 servidores do Incra

Auditoria apontou fraude

ABNOR GONDIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Quinze funcionários do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) poderão ser demitidos e irão responder a inquérito na Polícia Federal por envolvimento com superavaliação de imóveis em Tocantins.
A Procuradoria da República vai pedir à Justiça Federal a quebra do sigilo bancário desses funcionários para identificar se eles receberam propinas para superavaliar os imóveis e indicar terras imprestáveis para a reforma agrária.
Nota oficial do presidente do Incra, Milton Seligman, afirma que ele determinou ontem a abertura de processo administrativo disciplinar contra os 15 funcionários.
Auditoria iniciada em maio constatou casos de imóveis desapropriados com avaliações superfaturadas. Em 38 casos, houve aumento de preços entre 200% e 300% acima do valor de mercado.
Segundo a sindicância, uma das fazendas desapropriadas é um areal que dificulta o assentamento de sem-terra. Há suspeita não comprovada sobre o envolvimento de políticos do Estado com a indicação de terras inadequadas.
Seligman mandou suspender o pagamento dos imóveis e determinou que as desapropriações só devem ser feitas após novo laudo.
Empréstimo
O presidente Fernando Henrique Cardoso enviou ontem ao Senado pedido de autorização para a realização de um empréstimo junto ao Banco Mundial.
A verba (US$ 90 milhões) será destinada ao Projeto Piloto de Alívio à Pobreza e Reforma Agrária. Os recursos serão administrados pelo Incra.

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