São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997 |
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Resgates em fundos acentuam queda
VANESSA ADACHI
Segundo administradores de recursos e operadores, a queda puxada no final da semana passada por investidores de maior porte assustou os aplicadores desavisados, que colocaram o dinheiro em ações recentemente imaginando ganhar 10% todos os meses. Os cotistas dos dois principais fundos de ações do Lloyd's Bank resgataram cerca de 8% do patrimônio total de R$ 97 milhões. "Sem dúvida, o resgate dos fundos aprofundou a queda da Bolsa", diz Alvaro Armond, diretor de marketing e produtos da Lloyd's Asset Management. O patrimônio dos fundos de ações de Banco do Brasil (BB), que vinha crescendo cerca de R$ 10 milhões por dia desde o início do mês, estagnou a partir da última sexta-feira. "Tínhamos muita migração de renda fixa para ações e isso parou, o que mostra que as pessoas estão cautelosas para ver o que acontece com a Bolsa", diz Sergio Mamede, gerente executivo da área de administração de recursos de terceiros do BB. O banco tem cerca de R$ 1 bilhão em fundos de ações. Para Armond, do Lloyd's, já se previa que isso aconteceria quando a Bolsa começasse a cair. "Houve um grande evento de marketing para promover a aplicação em fundos de ações e muita gente entrou sem conhecer". Apesar dessa opinião, Armond diz que esse não é o caso dos investidores do Lloyd's, que são mais experientes. "Estamos aconselhando quem já está aplicado em ações há cerca de um ano a realizar parte do seu lucro agora, saindo da Bolsa", explica ele. O mesmo conselho foi dado por outros bancos a investidores que já acumularam lucros. Outro fator que contribuiu para aprofundar a queda da Bolsa foi uma antecipação de resgates. Ou seja, muitos bancos, sabendo que seus clientes pediriam o resgate de suas cotas hoje, anteciparam a venda de suas posições para fazer caixa. Texto Anterior: Saída de dólar quase dobra Próximo Texto: Conselho a investidor é ter 'cabeça fria' Índice |
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