São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997
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Juro e dólar disparam no mercado futuro

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os juros e o dólar dispararam ontem no mercado futuro, negociado na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), seguindo a agitação que derrubou as Bolsas de Valores brasileiras.
A taxa de juro projetada para agosto, por exemplo, pulou de 1,63% para 1,65%, enquanto o dólar para entrega em novembro fechou com alta de 0,22%.
Apesar de relativamente pequenas essas oscilações, elas são muito maiores do que as que o mercado vem tendo nos últimos meses.
Nesse período, por sinal, as cotações e as taxas futuras registraram expressivo recuo.
Segundo operadores do mercado ouvidos pela Folha, desde janeiro de 1995, na ressaca da crise que atingiu o México, as cotações do mercado futuro, que servem de termômetro das expectativas dos investidores, não oscilavam tanto.
O volume negociado foi grande, o que dá uma idéia do nervosismo que tomou conta do mercado financeiro.
Os negócios com contratos de Ibovespa futuro, por exemplo, registraram recorde histórico, movimentando R$ 3,68 bilhões.
Analistas do mercado financeiro consideram que essa agitação deve persistir por mais alguns dias.
Títulos da dívida
Os títulos da dívida externa brasileira negociados no mercado de Nova York também sentiram os efeitos da crise que atingiu o mercado nacional.
Somente ontem o C-bond, título mais negociado, registrou queda de 2%, sendo que, desde sexta-feira, a queda acumulada é de 3%.
A cotação do título, que vinha subindo, seguindo o otimismo do mercado de ações, reflete a confiança dos investidores estrangeiros no futuro da economia do país.
Nova York
O pessimismo do mercado brasileiro era tão grande que nem mesmo nova alta de Wall Street foi capaz de reverter esse quadro.
Ontem, o Dow Jones terminou o dia subindo 0,67%, a 7.975,7 pontos. O principal índice da Bolsa nova-iorquina acumula assim valorização de 2,49%. em um período de 30 dias.
No mercado de títulos da dívida norte-americana, o dia foi de estabilidade do rendimento pago aos investidores. A taxa no final do dia estava em 6,55% ao ano.

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