São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997 |
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Terapia genética reverte lesão na medula espinhal de ratos
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Pesquisadores norte-americanos conseguiram reverter, em ratos, paralisia causada por lesões na da medula espinhal usando terapia genética, segundo estudo divulgado pelo "Journal of Neuroscience". Embora a técnica esteja em fase experimental, os cientistas acreditam que ela possa ser usada, no futuro, para tratar lesões causadas por acidentes em humanos.O estudo foi realizado por cientistas da Universidade da Califórnia, em San Diego. Cerca de 200 mil norte-americanos têm paralisia parcial ou completa por lesões na medula espinhal, a parte do sistema nervoso central contida na coluna vertebral. A técnica consistiu em remover células saudáveis de ratos e implantar nelas genes que estimulam a produção de um fator de crescimento. Em seguida, as células geneticamente alteradas foram transplantadas para medulas espinhais de animais cujas lesões haviam sido provocadas em laboratório. Três meses após os implantes terem sido feitos, os pesquisadores constataram que os animais submetidos à terapia genética cometiam em média dois a três erros ao andar sobre uma grade. Animais com lesões que não receberam o tratamento cometiam, em média, oito erros. As cobaias sem lesões cometiam, em média, um erro. O neurologista Mark Tuszynski, chefe da equipe de pesquisadores, afirmou que a técnica poderá também produzir resultados positivos em outras formas de tratamento, que se baseiam no transplante de tecidos de medulas espinhais de fetos abortados. Tuszynski disse que espera obter recursos do governo dos EUA para prosseguir os testes com a terapia genética de medula espinhal em animais de porte maior do que os ratos, mas que sejam mais parecidos anatomicamente com os humanos. Texto Anterior: Pesquisa da França liga vírus a doença degenerativa Próximo Texto: Imposto pelo saber Índice |
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