São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997
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Redução pífia; Interesse nacional; Em busca da verdade; Prestando contas; Indignação; Culpa do Padilha; Sorvete na testa

Redução pífia
"A 'Boa notícia' da primeira página de 15/7, sob o título 'Desnutrição infantil cai 69% no país', é falaciosa.
Na leitura da reportagem observa-se que, na verdade, a redução de fato ocorreu entre 1974 e 1989 (quando a desnutrição caiu de 18,4% para 7,1%).
Entre 1989 e 1996 a redução foi ridícula (de 7,1% para 5,7%).
O Brasil pode até ficar satisfeito com essa melhoria em 22 anos, mas nos últimos 9 anos foi um vexame, mostrando que os governantes nesse período, principalmente o atual, não se empenharam nada na melhoria dessa situação.
Aliás, segundo pesquisa Datafolha publicada no dia 13 de julho, não é só na desnutrição infantil que não melhoramos: a exclusão social atinge 59% dos brasileiros, sendo que, destes, 86% não têm nem mesmo o primeiro grau completo."
Marta Suplicy, deputada federal pelo PT-SP (Brasília, DF)

Interesse nacional
"A TAM aplaude o editorial 'Risco no ar' (14/7).
Nossa empresa está solidária com as autoridades aeronáuticas nos esforços que visam reforçar a segurança dos aeroportos brasileiros.
Esse trabalho interessa a todas as empresas aéreas, a todos os passageiros e tripulantes da aviação comercial brasileira.
Trata-se, pois, de um verdadeiro interesse nacional."
Rolim Adolfo Amaro, presidente da TAM (São Paulo, SP)

Em busca da verdade
"Sobre o acidente envolvendo a TAM, fiquei assustada com a tendência de jogar a culpa da 'explosão de um artefato' nas costas justamente do morto.
Acho que a única jornalista que está tendo uma visão crítica do fato é a grande Barbara Gancia.
Além do mais, a TAM publicou matéria paga em que afirma que é fiscalizada pelo Departamento de Aviação Civil (DAC) e que não aceita a péssima avaliação que lhe foi dada pela Air Travelers Association (ATA).
Só que agentes do DAC deram uma entrevista ao jornal 'O Globo' em que afirmam ser a TAM a campeã de infrações por falta de manutenção.
Acho que a imprensa deve ir mais fundo nessa questão."
Ana Maria Detthow de Vasconcellos Pinheiro (São Paulo, SP)

Prestando contas
"Sobre as cartas de Henrique Berkiensztat e José Carlos Tórtima ('Painel do Leitor', 11/7): a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) é recolhida diretamente ao Fundo Nacional de Saúde.
Quem quiser saber de que forma estão sendo aplicados os recursos da CPMF pode obter informações tanto na home page do Ministério da Saúde, na Internet (http://www.saude.gov.br), como por intermédio de notícias veiculadas na imprensa ou ligando para o próprio Fundo Nacional de Saúde, telefone (061) 315-2777.
Até junho, os recursos da CPMF tiveram o seguinte destino: 70% foram usados para pagamento das contas hospitalares e ambulatoriais e o restante para comprar medicamentos e nas ações de controle da dengue, entre outras aplicações."
Antônio Joaquim Werneck de Castro, secretário de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde (Brasília, DF)

Indignação
"Quero lamentar e registrar minha indignação com a citação de meu nome e a colocação de uma foto minha no quadro que compõe o que vocês chamam de 'escândalo do frango' e no qual, se ele existe, eu não tenho nenhuma participação.
Realmente fui sócio do sr. Marcos Ferreira e do Lélio Ravagnani Filho numa empresa chamada AIM -Assessoria Internacional de Marketing, à qual deixei de pertencer em 1987.
O objetivo era prestar serviços de consultoria de marketing às empresas que pretendiam se instalar no Brasil.
Em 1985 meus sócios entenderam que deveriam mudar a razão social para AIM -Empreendimentos e Participações, para que o leque de oportunidades de negócios se abrissem.
Além de fugir do objetivo inicial, pouco tempo depois vi que minha atividade na Biondi & Associados, agência que até hoje presido, não me permitia dedicar qualquer tempo que fosse para outro negócio.
Por essa razão, em janeiro de 1987 desliguei-me da empresa, que três anos depois, em 1990, conservou a sigla, mas mudou sua razão social e até seus objetivos. Passou a se chamar AIM -Comércio e Representações Ltda., como é hoje, e só aí passou a ser uma empresa comercial.
Vender frango ou qualquer outra mercadoria nunca foi o meu negócio.
Não faço lobby pra nada nem pra ninguém.
O fato de estar ligado ao ex-prefeito Paulo Maluf, por ele ter sido meu cliente ou o fato de ter ajudado a eleger o prefeito Celso Pitta, fazendo sua campanha, não me coloca em condições de fazer quem quer que seja ganhar uma concorrência de frangos.
Seria pretensão imaginar que eu tivesse poderes para fazer todos os participantes da tal concorrência praticarem preços maiores que os da Sadia ou da A D'Oro para que elas fossem beneficiadas.
Não me cabe defender ninguém. O que me cabe é protestar pela tentativa de me envolver em algo com que não tenho nada a ver.
Assumo a total responsabilidade pelos anúncios, comerciais, campanhas que crio e produzo, mas é só."
Nelson Biondi Filho, publicitário (São Paulo, SP)

Culpa do Padilha
"Segundo o porta-voz Sergio Amaral, o uso político da inauguração de trecho da Fernão Dias 'é coisa do Padilha'; a nomeação do filho do empreiteiro para o DNER de Minas também 'foi uma decisão do ministro dos Transportes Eliseu Padilha'.
Pergunto: e o Padilha? É coisa de quem?
Ou o presidente está optando pelo caminho do fisiologismo ou não tem competência para escolher seus colaboradores."
Márcia Meireles (São Paulo, SP)

Sorvete na testa
"Sobre o solo marciano, gostaria de sugerir ao governo 'Brasil em ação' que, uma vez chegada a primeira sonda brasileira a Marte, homenageie este que nos traz cartuns incríveis todos os dias na Folha: Angeli, um marciano plugado no mundo.
Adorei os sorvetes nas cabeças dos paulistas (edição de 7/7)!"
Carlo Rondinoni (Ribeirão Preto, SP)

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