São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 1997
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Bolsa sobe na Tailândia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Bolsa da Tailândia disparou ontem com os rumores de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) está preparando um plano para socorrer o sistema financeiro do país.
O principal índice da Bolsa subiu 38 pontos para fechar em 663,66 pontos.
Segundo operadores, os comentários eram que o FMI planeja injetar grande quantidade de capital no mercado tailandês e em outros da região que também foram alvo dos ataque especulativo nos últimos dias.
Os rumores de que o plano estava sendo costurado cresceram com a partida, ontem, de autoridades econômicas tailandesas rumo a Tóquio.
A maior parte dos recursos a serem injetados nos países do Sudeste Asiático deverão vir do Japão.
Hoje, o ministro das Finanças japonês, Hiroshi Mitsuzuka, e o presidente do banco central do país, Yasuo Matsushita, receberão o ministro das Finanças tailandês, Thanong Bidaya e o presidente do banco central da Tailândia, Rerngchai Marakanonda.
Até ontem, as autoridades de Tóquio não admitiam a ajuda do FMI.
"Se fosse necessário, trataríamos a situação em cooperação com o FMI", afirmou Mitsuzuka.
Para os analistas, se a ação de socorro arquitetada pelo FMI for bem sucedida, mais capital deverá migrar para a Tailândia, controlando a crise de liquidez (escassez de dinheiro no país).
Teste
O resultado do plano para resgatar as economias do Sudeste Asiático será um teste para Tóquio provar sua condição de potência regional, capaz de restaurar a ordem financeira na região.
Ontem também foi um bom dia para o mercado acionário japonês. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio subiu 1,44%, impulsionada pela alta do dólar e pelas perspectivas de aumento das exportações japonesas em consequência disso.
Isso acontece porque, com a valorização do dólar em relação ao iene, as exportações japonesas ficam mais baratas.
Cingapura
O otimismo com o possível acordo não chegou a contagiar a Bolsa de Cingapura, que continuou a sua rota de queda.
Nem mesmo a maior estabilidade das moedas regionais foi suficiente para segurar o preço das ações. O principal índice da Bolsa caiu 0,99% para fechar a 1917,89 pontos.
Zloty mantido
Na Polônia, a moeda nacional, o zloty, se firmou em relação a uma cesta de moedas depois do recorde de baixa registrado na terça-feira, quando houve desvalorização de 5%. O banco central do país atuou para manter a cotação da moeda.

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