São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 1997
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Confronto entre Coréias deixa feridos

Comunistas teriam provocado o choque

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um número não-divulgado de soldados norte-coreanos ficou ferido em choque ocorrido ontem entre as Coréias do Norte e do Sul.
A agressão, que aconteceu na fronteira entre os dois países e envolveu troca de tiros e bombardeios, foi um dos piores conflitos dos últimos anos.
Os mais de 37 mil soldados dos EUA instalados na região não interferiram no confronto.
A comunista Coréia do Norte afirmou que os soldados estavam realizando operação normal de reconhecimento da área quando as tropas sul-coreanas iniciaram os disparos. Segundo o governo norte-coreano, vários soldados ficaram feridos no conflito. Não há relatos de feridos na Coréia do Sul.
Um oficial do governo sul-coreano (capitalista), Joung Young-moo, afirmou que a iniciativa do confronto partiu dos soldados do Norte, que teriam atravessado linha de demarcação militar. "Não vamos tolerar outras provocações no futuro", afirmou.
Os EUA também acusaram a Coréia do Norte de provocar o conflito ao enviar soldados à zona desmilitarizada que separa os países.
As duas Coréias estiveram em conflito durante três anos, de 1950 a 1953. As agressões terminaram com a assinatura de um armistício provisório. Um acordo de paz definitivo ainda não foi atingido.
O choque ocorre às vésperas das conversações entre as Coréias para o estabelecimento de negociações de paz. Em 5 de agosto, autoridades norte e sul-coreanas, chinesas e norte-americanas devem se reunir em Nova York (EUA).
Apesar de ter considerado a ação da Coréia do Norte "mais agressiva que o habitual", os EUA afirmaram que a ajuda humanitária que havia sido prometida não será suspensa -US$ 27 milhões em comida. O país enfrenta grave crise de falta de alimentos.

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