São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997
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Governo vai exigir privatização

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário-executivo da Fazenda, Pedro Parente, disse ontem que qualquer empréstimo novo para Alagoas terá que ter como contrapartida os recursos de privatização das empresas do Estado.
O governo federal deve liberar nos próximos dias um novo empréstimo para Alagoas. O pedido, já aprovado pelo Tesouro Nacional, prevê um financiamento de R$ 165 milhões para programas de demissão de pessoal.
Embora ainda sem definição, o empréstimo deverá ser feito pela Caixa Econômica Federal. Como já foram liberados quase R$ 430 milhões desde dezembro de 1995, os financiamentos da União ao Estado somarão R$ 600 milhões.
Esse novo empréstimo será usado para pagamento de indenizações a funcionários estaduais e do banco estadual (Produban) que aderirem a programa de demissão voluntária -uma das medidas exigidas pelo governo federal.
A dívida total do Estado, segundo o Ministério da Fazenda, é de R$ 1,2 bilhão. Desse total, R$ 500 milhões já foram refinanciados.
O governo, segundo Pedro Parente, ainda não tem uma idéia clara de quanto disso corresponde aos salários atrasados. O valor, segundo ele, deve variar entre R$ 180 milhões e R$ 250 milhões.
O Ministério da Fazenda também vai pedir que o Estado reveja um acordo feito com os usineiros quando Fernando Collor era governador do Estado. Esse acordo reduziu em R$ 90 milhões anuais o ICMS pago pelo setor.

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